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Incêndios de 2017 marcam resultados do setor segurador, sublinha a ASF

Para o supervisor, importa sobretudo “continuar a fazer a diferença para além do fator preço, inovando na oferta de produtos e através da excelência no serviço prestado”.
Cristina Bernardo
28 Junho 2018, 10h07

Em Portugal, o conjunto de empresas supervisionadas pela ASF apresentou, em 2017, lucros globais de 324 milhões euros, mais do dobro do registado em 2016.

Esta evolução foi possível apesar do impacto relevante dos custos com sinistros resultantes dos incêndios de grandes proporções que devastaram o território nacional em junho e outubro de 2017, explicou José Almaça, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, no Fórum Seguros, um evento organizado pelo Jornal Económico e pela PwC esta quinta-feira em Lisboa.

Sobre a atividade desenvolvida pelo setor no primeiro trimestre de 2018, o responsável detalhou ainda que  consolidar o comportamento positivo da produção observado no exercício anterior, assistindo-se, em termos globais, a um aumento de 6% dos prémios emitidos face ao período homólogo de 2017.

Em termos parcelares, os ramos Não Vida registaram um crescimento homólogo de 7,2% prosseguindo a tendência de recuperação observada desde 2015, depois de 8 anos de queda consecutiva da produção.

Esta evolução positiva, particularmente expressiva no segmento de Acidentes de Trabalho, além de refletir a melhoria gradual da conjuntura nacional, traduz ainda o efeito das ações corretivas levadas a cabo pelas empresas de seguros nas suas políticas de subscrição e de tarifação, com vista a restaurar o equilíbrio técnico desse segmento.

“Essa correção não está ainda terminada, sendo necessário continuar os esforços de alinhamento das tarifas face aos riscos incorridos. Mais recentemente, esta preocupação estendeu-se também à exploração técnica do ramo Automóvel, pressionada por um nível de concorrência elevado”, acrescentou José Almaça.

Já sobre o ramo Vida, o destaque vai para o registo de uma subida homóloga de 5,7% no primeiro trimestre de 2018, muito embora o volume de prémios e entregas se mantenha ainda longe dos níveis pré-crise financeira. Apesar de a comercialização de seguros de vida temporários refletir a dinâmica crescente de concessão de novos contratos de crédito à habitação.

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