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Incidência deve estar abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes para redução de medidas restritivas, defende especialista

“O objetivo é atingir um nível abaixo de 60 casos, isto numa situação com certa estabilidade”, admitiu Óscar Felgueiras, também assessor do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte.
  • Lisboa, Portugal
8 Março 2021, 12h31

O especialista Óscar Felgueiras, professor e investigador do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, apresentou esta manhã um plano para a redução das medidas de restrição que estão atualmente em vigor, adiantando que o essencial é atingir a estabilidade com menos de 60 casos.

“O objetivo é atingir um nível abaixo de 60 casos, isto numa situação com certa estabilidade”, admitiu Óscar Felgueiras, também assessor do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte.

O especialista relembrou que em outubro Portugal apresentava uma taxa superior a 240 casos por 100 mil habitantes, e propõe utilizar três indicadores para evitar que esta situação se repita: R(t), crescimento a sete dias e crescimento a 14 dias, acrescentando que “confere mais estabilidade à adoção de medidas”.

Segundo o investigador, “a aceleração do número de casos deve aumentar o patamar de risco”, sendo que um crescimento de 30%, a partir dos 120 casos por 100 mil habitantes, permite aumentar o patamar de risco.

Óscar Felgueiras propõe que 240 infetados por 100 mil habitantes seja classificado como nível de risco cinco, sendo que 120 casos deve ser nível de risco quatro, 60 casos propõem-se que seja nível três (o médio em toda a escala), 30 casos seja nível de risco dois e zero casos nível de risco um.

“Estamos agora no patamar de risco três desta classificação, a aproximar do dois, ainda que recentemente tenha existido uma desaceleração no decréscimo e não é óbvio se vamos passar já para o nível dois”, garantiu o especialista.

O especialista aponta que a abordagem para o risco local se centra na incidência também dos concelhos limítrofes, além da incidência única em cada concelho. Óscar Felgueiras aponta que esta classificação “facilita a identificação de zonas de maior risco, diminui a ocorrência de ilhas, concelhos pequenos, com incidência elevada mas que não constituem problema de expressão que justifique medidas muito restritivas”.

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