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“Incompetente arrogância”. Líder da concelhia do PSD/Porto critica “ausência” de Rio no atual “período político crítico”

O presidente da concelhia do PSD do Porto, Hugo Neto, acusa Rui Rio de “incompetente arrogância” e diz que, tanto no trabalho político diário, como na elaboração da listas para as legislativas de outubro, o líder social-democrata “não podia ter desiludido mais”.
14 Agosto 2019, 17h30

O presidente da concelhia do PSD do Porto, Hugo Neto, criticou esta quarta-feira a “ausência” do presidente do PSD, Rui Rio, durante o atual “período político crítico”. Hugo Neto acusa Rui Rio de “incompetente arrogância” e diz que, tanto no trabalho político diário, como na elaboração da listas para as legislativas de outubro, o líder social-democrata “não podia ter desiludido mais”.

“Inacreditavelmente, a um mês e meio de eleições legislativas, o presidente do PSD e o seu núcleo duro decidiram tirar férias, a meio duma crise que, empolada, aproveitada ou não, preocupa os portugueses. (…) A ausência total de PSD, durante duas longas semanas num período político crítico é inaceitável e apresenta um odor demasiado forte a uma incompetente arrogância para que eu me consiga manter calado. O PSD é mais do que isto. O PSD não é isto!”, escreve Hugo Neto, na rede social Facebook.

O dirigente da concelhia do Porto aproveitou a ocasião para clarificar a decisão da secção do Porto em abandonar as listas de candidatos a deputados, que foram aprovadas em Conselho Nacional, no final de julho. Segundo Hugo Neto, Rui Rio impôs “nada mais, nada menos, que 7 nomes” na lista, que “não assegurem nenhum dos critérios lógicos para a construção duma lista de deputados”.

Hugo Neto defende que a lista apresentada pelo círculo eleitoral do Porto não cumpre com “a história e património político do PSD do Porto” e que não é salvaguardado “o equilíbrio territorial e representação mínima das várias sub-regiões do distrito”. “As escolhas feitas não asseguram reforço de competências técnicas ao grupo parlamentar”, sublinha o social-democrata.

“[As listas] não representam as bases do partido, não garantem equilíbrio territorial e não cruzam verdadeiramente o partido com o melhor da nossa sociedade. Rio fez as suas escolhas. Estatutariamente, tinha direito a elas mas não são escolhas de um verdadeiro líder ou, sequer, de alguém que esteja minimamente preocupado em, escolhendo os melhores, deixar um legado positivo”, indica.

Sobre a elaboração das listas, Hugo Neto diz ainda que teve a oportunidade de falar pessoalmente com Rui Rio e de lhe transmitir “o quão grave e errado sinal seria deixar de parte um dos melhores do PSD”. O dirigente fala em “incompreensível injustiça” em vetar o nomes de Miguel Pinto Luz ou Maria Luís Albuquerque e diz que é incompreensível Rui Rio “esquecer o contributo” de Emídio Guerreiro.

“Nas listas, como no trabalho político diário, Rio não podia ter desiludido mais. Personificação máxima do ‘Princípio de Peter’ [da incompetência], Rui Rio, um bom autarca, com quem trabalhei na Câmara do Porto, rodeou-se de gente sem qualidade e tornou-se num presidente do PSD sem rumo nem estratégia”, criticou Hugo Neto.

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