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Indústria 4.0: rumo a um futuro mais inteligente

O software de gestão de produção (MES) lidera a transformação digital na indústria. Um dos seus key players, a Critical Manufacturing, está a dar cartas nos mercados de alta tecnologia industrial – diretamente da Maia para o mundo – e vai reunir grandes nomes da área no primeiro evento dedicado ao tema em Portugal: o MES & Industry 4.0 International Summit.
28 Julho 2023, 07h55

 

Com uma indústria cada vez mais global, as empresas que atuam em mercados altamente competitivos e dinâmicos sentem-se cada vez mais pressionadas a oferecer produtos de maior qualidade, a serem mais ágeis e, simultaneamente mais eficientes. Os processos de digitalização são, então, um dos caminhos explorados em busca desta otimização, o que torna o tema da transformação digital das empresas cada vez mais quente. Mas como é este conceito aplicado no que toca à indústria de manufatura, normalmente vista como mais tradicional? Para desmistificar a complexidade da utilização da tecnologia em ambientes industriais, o JE Lab esteve à conversa com Francisco Almada Lobo, CEO da Critical Manufacturing, uma empresa sediada na Maia e que, atualmente, exporta 100% do seu software para mercados de alta tecnologia, como os Estados Unidos e a China. 

Qual é a missão da Critical Manufacturing?  

A Critical Manufacturing é uma empresa portuguesa que tem como missão tornar as maiores empresas industriais a nível mundial “Industry 4.0 ready”, através de soluções tecnológicas de gestão da produção, de automação e de análise de dados e inteligência artificial.  

De que forma ajudam os vossos clientes no caminho para a transformação digital? 

Ajudamos os nossos clientes através de uma estratégia e de uma solução basilares em qualquer processo de transformação digital. São muitas as iniciativas Industry 4.0 em todos os setores, mas acabam muitas vezes em resultar em soluções pontuais, e são poucas aquelas que são estruturadas no sentido de criarem as bases necessárias para uma aproximação evolutiva, de ganhos cumulativos e crescentes. A indústria 4.0 não é um selo que se pode atingir e já está. O que a Critical Manufacturing desenvolve e comercializa é um produto que não apenas ajudar a criar ganhos imediatos, mas que suporta os seus clientes neste processo contínuo de melhoria permanente. 

Qual o impacto que o vosso software tem no negócio dos vossos clientes?  

Tem um impacto fundamental em três perspetivas: no controlo de processos e qualidade dos produtos, na otimização da produção, e na flexibilidade necessária a uma rápida reação às oportunidades e contingências de mercado. Todas estas perspetivas traduzem-se em ganhos quantificáveis, mas que são ainda mais importantes quando funcionam como alavanca de uma verdadeira transformação digital, isto é, quando permitem alterações nos próprios processos de negócio. 

Em que indústrias atuam? E que outros sectores podem beneficiar da digitalização? 

As indústrias em que atuamos são as de semicondutores, eletrónica, dispositivos médicos e equipamento e maquinaria industrial, fruto de uma especialização ao longo dos anos em áreas de alguma sofisticação e complexidade. Só que a digitalização é transversal a todos os setores, e não há praticamente nenhuma estratégia industrial, qualquer que seja o setor e a dimensão, que não esteja hoje fortemente baseada em tecnologia digital, e é por isso de extrema importância, que setores que ainda não estão tão avançados, possam acelerar este processo aprendendo com as empresas que já passaram pelas fases iniciais deste processo. 

Existe relutância em implementar processos de digitalização das operações em ambientes industriais? A que se deve essa relutância? 

Durante muito tempo o IT era um simples departamento de suporte, e os investimentos eram os mínimos necessários, frequentemente ocorrendo apenas em contexto de projetos financiados. Era difícil dar valor a ativos intangíveis, colocados sempre em segundo plano face a investimentos em equipamento ou instalações fabris. Mas a situação está a mudar e, sobretudo à medida que vamos tendo novas gerações à frente das empresas vemos serem criadas funções de digitalização ou transformação digital, mais estratégicas para as organizações.  

É com o intuito de desmistificar estas questões que criaram o evento MES & Industry 4.0 International Summit? 

Sim, é um dos objetivos: dar a noção que investir nestas áreas é inevitável, mas igualmente passar a mensagem de que a tecnologia não é um fim em si. É um elemento facilitador essencial, porque só com ele se consegue medir, supervisionar, controlar e otimizar as operações industriais. Só que, como em tantas outras áreas, são necessárias uma estratégia e uma perspetiva de longo prazo e de ganhos cumulativos. E vamos mostrar como empresas de maior dimensão estão a encarar este desafio de transformação digital.  

É a primeira vez que um evento internacional desta dimensão será realizado em Portugal, quais as expectativas que têm para este encontro? 

Sim, estamos muito expectantes. A ideia era fazê-lo inicialmente em 2020 ou 2021, mas a pandemia veio adiar os nossos planos, sendo agora o momento certo para encarar de frente o desafio de trazer a Portugal empresas de renome e oradores de excelência. Esperamos que não apenas as empresas internacionais que convidámos marquem presença, mas que o tecido empresarial nacional aproveite esta oportunidade para aprender com os sucessos e com os erros das empresas maiores. Penso que eventos como estes podem de facto abrir mentalidades e ajudar a transformar a forma como a indústria nacional olha para estes temas. 

O que poderão esperar os participantes deste evento? 

Poderão esperar um evento de dois dias na Alfândega do Porto, com palestrantes de grande nível, que vão desde Jeff Winter, keynote speaker, uma das personalidades com maior notoriedade a nível mundial na transformação digital, vários responsáveis de empresas de renome como Micron, B. Braun., Lam Research, Danfoss, Wolfspeed, que vão explicar os processos de digitalização nas suas empresas, para além de debates e uma sessão interativa de avaliação de maturidade digital, um dos passos essenciais para se poder delinear uma estratégia subsequente adequada a cada realidade. Para além disso, teremos zonas de demonstração de soluções, de exibição de empresas de serviços tecnológicos e integração, etc. Mas será igualmente um evento de networking e de partilha de experiências. 

A Critical Manufacturing tem sido bem-sucedida em alavancar a transformação digital a nível internacional, que oportunidades esta transição pode abrir a nível nacional, dentro do meio industrializado? 

Penso que a Critical Manufacturing ajudado a abrir caminho aos temas de transformação digital e aos sistemas de MES em Portugal. Embora os segmentos industriais a que a nossa empresa se dedica não tenham uma grande representatividade no nosso país, temos colaborado continuamente em demonstrações, palestras, projetos de estágio, projetos de investigação, projetos de mentoria, etc. Durante muitos anos não havia muito mais do que a Critical e mais uma ou duas empresas nesta área, e é com muito agrado que vemos hoje tantas empresas tecnológicas portuguesas a criarem produtos e serviços competitivos na área industrial, e tantos projetos a decorrerem em empresas nacionais. Juntos somos capazes de criar um ecossistema de transformação digital que seja maior do que soma dos esforços individuais, e acreditamos que este evento será um contributo valioso para este objetivo. 

 

Saiba mais sobre o evento MES & Industry 4.0 International Summit e prepare o seu negócio para a Indústria 4.0 em www.mesi40-summit.com  

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a Critical Manufacturing

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