O índice PMI (Purchasing Managers’ Index) da zona euro subiu para 52,5 pontos em março, face aos 48,8 do mês anterior, superando as estimativas dos analistas e regressando para cima do patamar dos 50 pontos que separa a perspectiva de uma expansão de uma de contração, segundo a estimativa rápida divulgada esta quarta-feira.
Segundo uma sondagem da Reuters, a média das estimativas dos analistas apontava para 49,1 pontos, e mesmo a mais otimista chegava apenas para 51.
O setor da manufactura impulsionou a subida, com o PMI do setor a avançar para 62,4 pontos, de 57,9 em fevereiro, atingindo um máximo de junho de 1997, beneficiando da procura global, que continua a recuperar da crise pandémica, afirmou a IHS Markit, a empresa anglo-americana que compila os índices.
“A economia da zona euro superou as expectativas em março, mostrando uma expansão muito melhor do que antecipada graças principalmente a um aumento recorde em produção de manufatura”, referiu Chris
Williamson, chief business economist da IHS Markit.
O PMI do setor dos serviços manteve-se, no entanto, em território de contração, nos 48,8 pontos, apesar de ter registado uma subida face aos 45,7 do mês anterior para atingir máximos de sete meses.
Para Williamson, “o setor dos serviços continua a ser o ponto fraco da economia, mas mesmo aqui a taxa de declínio atenuou em março, pois as empresas beneficiaram da recuperação do setor da manufactura, com os clientesa adaptarem-se à vida numa época de pandemia e as perspectivas permaneceram relativamente otimistas”.
O economista da IHS Markit alertou, no entanto, que o outlook piorou, porém, no contexto de subida de taxas de infecção de Covid-19 e novas medidas de confinamento. “Esta natureza de uma economia a duas velocidades da irá, portanto, provavelmente persistir por algum tempo, à medida que os fabricantes beneficiam de uma recuperação global na procuras, mas as empresas de serviços viradas para o consumidor permanecem limitadas por restrições de distanciamento social”.
Os dados são obtidos através de sondagens a executivos séniores de empresas do setor privado, com questões sobre o PIB, inflação, exportações, utilização de capacidade, emprego e inventários. Os índices variam entre 0 e 100, com uma leitura acima de 50 a indicar um aumento geral em comparação com o mês anterior e abaixo de 50 uma diminuição geral.
As contratações aumentaram à medida que as empresas aumentaram a capacidade em linha com encomendas mais robustar e otimismo sobre o resto do ano, explicou a IHS Markit. “O sentimento foi manchado, no entanto,
por preocupações com o aumento das taxas de infecção do vírus”, sublinhou, no entanto.
A recuperação da manufatura foi liderada por um aumento recorde da produção fabril na Alemanha, acompanhado pelo crescimento mais rápido da produção desde janeiro de 2018 na França e no resto do a região como um todo.
Alemanha também se destacou em termos do desempenho do setor de serviços, registando a primeiro (embora modesta) expansão da atividade por seis meses enquanto a França e o resto da área do euro apenas viram taxas de
contração moderada, adiantou a IHS Markit.
“Olhando para o crescimento em ambos os setores combinados, a recuperação da Alemanha foi a mais forte para
pouco mais de três anos (o PMI composto aumentando de 51,1 para 56,8), contrastando com um declínio na França
pelo sétimo mês consecutivo (embora com o índice em 49,5, acima dos 47,0 em fevereiro)”, adiantou. “O resto da região viu um modesto retorno ao crescimento pela primeira vez desde julho passado (índice composto em 50,6
contra 48,2 em fevereiro)”.
[Atualizada às 10h01]
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