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Indústria química com “fosso crescente” entre Europa e EUA

A Crédito y Caución explica que uma das “principais razões para esta divergência tem a ver com as profundas mudanças que as fontes de energia da União Europeia estão a sofrer”.
20 Novembro 2024, 14h01

As perspetivas do setor químico para os próximos 10 anos são “significativamente maiores nos EUA do que na Europa”, alerta a Crédito y Caución. 

Apontando para um “fosso crescente entre a Europa e os Estados Unidos” na indústria, a seguradora explica que uma das “principais razões para esta divergência tem a ver com as profundas mudanças que as fontes de energia da União Europeia estão a sofrer”.

No ano passado, o gás proveniente da Rússia “mal” representou 8% das importações. Em 2021, representava 40%, segundo a Crédito y Caución. “A indústria química dos EUA goza de acesso constante ao gás natural a preços competitivos. Em vez disso, a Europa depende de gás natural liquefeito (GNL) mais caro e volátil, que importa dos EUA e da Noruega, com fornecimentos adicionais do Norte de África, do Qatar e do Reino Unido”, analisa a seguradora no mesmo relatório.

A Crédito y Caución alerta, ainda, para a “perda significativa de competitividade” da UE em “produtos essenciais” como o amoníaco e os fertilizantes. “Os custos de energia aumentam diretamente o custo de produção de produtos químicos básicos e afetam produtos químicos mais especializados derivados de produtos químicos básicos. A utilização da nafta na Europa e na Ásia para a produção coloca igualmente o setor numa situação de desvantagem concorrencial a longo prazo em relação aos EUA”, diz o mesmo relatório.

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