A economia portuguesa resistiu ao abrandamento ligeiro da zona euro e estabilizou o crescimento no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8% entre abril e junho deste ano, em comparação com igual período de 2018, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O organismo de estatística nacional revelou ainda que a expansão da economia portuguesa foi de 0,5% face aos primeiros três meses do ano.
No primeiro trimestre do ano, o investimento teve um disparo de 14% por comparação com igual período de 2018, tendo, na altura, ajudado a impulsionar o crescimento da economia. Contudo, a expansão do investimento abrandou entre abril e junho, tendo impacto na procura interna. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu para 2,4 pontos percentuais (4,1 p.p. no trimestre anterior)”, explica o INE.
Assim, no segundo trimestre de 2019, a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede o investimento, cresceu 6,1%, em termos homólogos. “Esta desaceleração resultou da evolução das componentes da Formação Bruta de Capital Fixo em outras máquinas e equipamentos e em construção, bem como do contributo ligeiramente negativo da variação de existências, que tinha sido positivo no trimestre anterior”, salienta o relatório do organismo.
A desaceleração “mais intensa” do crescimento das importações permitiu compensar o menor contributo das exportações. Em termos homólogos, as importações cresceram 3,1% no segundo trimestre, o que compara com o crescimento que tinha sido registado nos primeiros três meses do ano, período em que, as compras de bens e serviços ao exterior tinham crescido 8,1%, face ao primeiro trimestre de 2018.
Nas exportações, a tendência foi idêntica, uma vez que o ritmo crescimento das exportações tem desacelerado. Se, entre abril e junho deste ano, as exportações registaram uma variação positiva homóloga de 2%, nos primeiros três meses de 2019, as vendas de bens e serviços para o estrangeiro cresceram 3,7% face a igual período do ano passado. A procura externa teve assim um contributo de -0,6 p.p. para a variação do PIB, que compara com os -2,3 p.p. no trimestre antecedente.
Segundo o INE, o consumo privado das famílias abrandou em face a igual período ao ano anterior, passando de um crescimento homólogo de 2,3% no primeiro trimestre para 1,9%.
O Governo projeta que o PIB cresça 1,9% este ano, depois de ter revisto no Programa de Estabilidade e Crescimento, a meta de 2,2% anteriormente inscrita no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
(Atualizado às 11h36)
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