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INE publica hoje estimativa da queda do PIB no segundo trimestre

A economia portuguesa contraiu 2,3% no primeiro trimestre em termos homólogos e 3,8% face ao trimestre anterior, mas é esperado que o tombo seja mais severo no segundo trimestre, refletindo o efeito das medidas de confinamento e paralisação da economia.
31 Julho 2020, 07h53

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica esta sexta-feira os dados sobre a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, com os analistas a apontarem para uma contração que pode chegar aos 20%.

O organismo de estatística decidiu antecipar a publicação dos dados sobre a evolução da economia portuguesa, à semelhança dos pares europeus. “Dado o contexto atual em que o conhecimento de informação económica, ainda que por vezes incompleta, tem uma particular urgência, o INE antecipa a divulgação de resultados para o segundo trimestre de 2020, tal como se espera que aconteça com outros estados membros da União Europeia (29-07-2020)”, refere o organismo de estatística no site. A divulgação agendada para as 9h30 antecede a publicação da estimativa rápida do Eurostat para a zona euro e para o conjunto da União Europeia, prevista para as 10h.

As estimativas dos economistas apontam para uma queda que pode ir até aos 20%. Segundo os economistas do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), o PIB terá registado uma queda entre 15% e 20% no segundo trimestre deste ano. O NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab antecipa no cenário base uma contração de 13% em cadeia no segundo trimestre e num cenário alternativo, o PIB poderá ter registado uma queda de 20%, devido à “proporção muito elevada da população ativa, cerca de 25%, que esteve ausente do seu posto de trabalho normal durante o segundo trimestre”.

A economia portuguesa contraiu 2,3% no primeiro trimestre em termos homólogos e 3,8% face ao trimestre anterior, mas é esperado que o tombo seja mais severo no segundo trimestre, refletindo o efeito das medidas de confinamento e paralisação da economia. Quer a procura interna, quer a procura externa líquida deram um contributo negativo para o PIB no primeiro trimestre, tendo o consumo privado sido a única rubrica a crescer na procura interna.

O Governo estimava uma queda do PIB de 6,9% este ano, prevendo que o impacto fosse sentido principalmente no segundo trimestre do ano. Porém, o Executivo deverá rever estes dados até ao final deste mês, agravando as previsões.

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