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Inflação da Alemanha chega aos 3% este ano, prevê Ifo

Os consumidores na Alemanha podem esperar que a inflação chegue a 3% este ano. Em 2022, a inflação poderá ficar em 2% a 2,5%. Esta é a conclusão de um estudo do Instituto Ifo publicado esta quarta-feira.
Berlim, Alemanha
15 Setembro 2021, 14h49

Os consumidores na Alemanha podem esperar que a inflação chegue a 3% este ano. Em 2022, a inflação poderá ficar em 2% a 2,5%. Esta é a conclusão de um estudo do instituto de investigação económica Ifo publicado esta quarta-feira na Ifo Schnelldienst.

No entanto, a principal razão para a taxa ser comparativamente mais elevada em 2021 deve-se ao ano anterior. “Em primeiro lugar, a redução temporária do IVA no segundo semestre de 2020 e a queda nos preços da energia durante a crise do coronavírus levaram a preços excecionalmente baixos em 2020”, disse Timo Wollmershäuser, chefe dos economista do Ifo.

A taxa de inflação mede a variação percentual do nível médio de preços ao consumidor em comparação com o ano anterior. “As altas taxas de inflação podem indicar que os preços estão a subir acentuadamente atualmente ou que os preços caíram acentuadamente há um ano atrás”, explica Wollmershäuser.

No entanto, o estudo também mostra que a taxa de inflação pode ser explicada em parte por um aumento acelerado dos preços ao longo de 2021. “Isso é especialmente evidente nos setores de energia, alimentos e alguns serviços desde janeiro de 2021”, avança Wollmershäuser.

O estudo cita ainda razões para uma desaceleração da inflação de preços em 2022 para entre 2% e 2,5%. “No início de 2022, os fatores especiais que têm impulsionado a inflação vão desaparecer”, diz o economista. Isto porque “fará um ano que a redução do IVA foi revertida e os preços da energia atingiram os níveis anteriores à crise ”, refere Wollmershäuser.

“Ainda é incerto se outros fatores irão impulsionar os preços mais do que o previsto, por exemplo, a procura reprimida do consumidor após a crise da pandemia pode acabar por ser maior do que o previsto”, adianta.

O aumento dos preços das matérias-primas e dos produtos intermediários também pode ter um impacto no preço dos bens e, em última instância, nos preços finais ao consumidor, se persistir a escassez de materiais, admite o instituto com sede em Munique.

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