[weglot_switcher]

Inflação desacelera e anima bolsas europeias, com subidas acima de 1%

As principais praças registaram ganhos que se estenderam ao PSI. A contribuir para este sentimento esteve a desaceleração da inflação em março, de acordo com os dados preliminares.
1 Abril 2025, 17h11

As principais bolsas europeias registaram subidas superiores a 1% na sessão desta terça-feira e Lisboa seguiu pelo mesmo caminho. O ânimo está ligado à confirmação de que a inflação desacelerou em março na zona euro, de acordo com os dados preliminares.

Por cá, o índice PSI ganhou 1,24% e alcançou os 6.950 pontos, liderado por uma valorização de 3,57% nas ações da Jerónimo Martins, que alcançaram os 20,30 euros. Os CTT avançaram 2,94% para 7,70 euros, o BCP somou 1,72% até aos 0,5668 euros e a EDP Renováveis adiantou-se 1,30% até aos 7,81 euros.

A descida mais acentuada não foi além de 0,50% e foi registada na cotação de mercado da Corticeira Amorim, cujos títulos recuaram para 7,96 euros.

Olhando aos índices de referência das principais bolsas europeias, foi notório o sentimento positivo, para o qual contribuiu a desaceleração da inflação em março, na zona euro, segundo revela a estimativa do Eurostat. O Índice de Preços ao Consumidor subiu 2,2% em termos homólogos naquele mês, o que corresponde às expetativas dos mercados e equivale a uma desaceleração de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior.

Destaque para a Alemanha, onde o DAX somou 1,63%. Seguiram-se incrementos de 1,26% em Itália, 1,21% em Espanha e 1,10% em França, enquanto o Reino Unido não foi tão longe, já que registou uma subida de 0,50%. O índice agregado Euro Stoxx 50 adiantou-se 1,30%.

Foi um dia muito positivo o que se viveu nas bolsas europeias, invertendo assim de quatro dias consecutivos de quedas”, assinala-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“E se a revelação de que as pressões inflacionistas na zona euro estão a descer de forma até mais expressiva que o previsto e que a atividade na indústria do bloco aliviou o ritmo de contração em março deram ânimo matinal, a inversão de sentimento em Wall Street reforçou o otimismo”, apontam os analistas.

“À hora de fecho das praças no velho continente o Nasdaq 100 ganhava cerca de 0,5% em Nova Iorque, apesar da indicação de que a indústria norte-americana entrou em contração no mês passado, com pressão nas novas encomendas”, acrescenta-se na mesma análise. 

Ao mesmo tempo, os mercados aguardam o “anúncio de Donald Trump relativamente à introdução de tarifas recíprocas que está agendada para ocorrer a 2 de abril”, assinalam os analistas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.