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Inflação do Reino Unido atinge objetivo do banco central pela primeira vez em três anos

Este valor da inflação pode dar um impulso ao Governo do primeiro-ministro conservador Rishi Sunak, em plena campanha eleitoral no Reino Unido antes das eleições gerais antecipadas de 04 de julho.
Reino Unido
19 Junho 2024, 10h42

A inflação homóloga do Reino Unido desacelerou para 2% em maio, contra 2,3% em abril, atingindo o objetivo estabelecido pelo Banco da Inglaterra pela primeira vez em quase três anos, informou hoje o Office for National Statistics (ONS).

Esta descida da taxa de inflação homóloga deveu-se, entre outros fatores, a um abrandamento do aumento dos preços dos alimentos e dos refrigerantes, bem como das atividades de lazer e culturais, do mobiliário e dos bens domésticos, segundo o ONS.

Este valor da inflação pode dar um impulso ao Governo do primeiro-ministro conservador Rishi Sunak, em plena campanha eleitoral no Reino Unido antes das eleições gerais antecipadas de 04 de julho.

A inflação atingiu o nível mais baixo em quase três anos, desde que se situou pela última vez em 2% em julho de 2021, antes do posterior aumento alimentado pela crise do custo de vida.

Estes dados serão tidos em conta pelo Banco de Inglaterra quando tomar uma decisão sobre as taxas de juro na quinta-feira, embora os analistas digam que o banco irá, por enquanto, adiar quaisquer cortes até depois das eleições gerais do Reino Unido no próximo mês.

Do lado do Governo britânico, o secretário de Estado do Trabalho e Pensões, Mel Stride, afirmou hoje que a descida da inflação é “uma notícia muito significativa”, e considerou que o executivo conservador “está a fazer o que é correto para a economia”.

Por seu lado, o economista Martin Sartorius, da Confederação da Indústria Britânica (CBI), disse hoje aos meios de comunicação locais que a descida deste índice é “uma notícia bem-vinda para os agregados familiares, à medida que se avança para um ambiente inflacionista mais benigno”.

O responsável sublinha que os novos dados “abrem caminho para que o Comité de Política Monetária (do Banco de Inglaterra) corte as taxas de juro em agosto, de acordo com as previsões recentes”.

No entanto, também acredita que “é provável que atuem com cautela (na quinta-feira), a fim de evitar colocar mais pressão sobre a inflação, especialmente porque as perspetivas de crescimento interno melhoraram e as tensões geopolíticas continuam”.

A inflação continua a tendência descendente depois de ter subido para mais de 11% em outubro de 2022, na sequência do aumento dos preços da energia devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Espera-se que o Banco de Inglaterra comece a reduzir este ano as taxas de juro, atualmente em 5,25%, o nível mais elevado desde 2008.

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