A inflação em Portugal voltou a subir em março, de acordo com a estimativa rápida do INE conhecida esta quinta-feira, tendo o indicador de preços acelerado até aos 5,3% em termos homólogos. Este é um novo máximo desde junho de 1994, depois de a leitura de fevereiro ter fixado um novo pico não registado desde outubro de 2011.
Descartando os produtos energéticos e alimentares, a taxa de inflação subjacente deverá ter ficado nos 3,8%, o que também representa uma subida em relação aos 3,2% registados na leitura anterior.
Ao mesmo tempo, a variação de preços na energia foi de 19,8%, naquele que é o principal determinante da inflação global. Em fevereiro, este subindicador havia ficado nos 14,98%. Já no que respeita aos produtos alimentares não-transformados, estes aceleraram 5,9%, bem acima dos 3,7% de fevereiro.
Todos os subindicadores do índice de preços no consumidor (IPC) aceleraram no período em análise, sublinhando a pressão generalizada nos preços em Portugal.
A pressão nos preços continua a verificar-se na zona euro e Portugal, apesar de ter verificado consistentemente das taxas mais baixas no último meio ano, começa a registar uma clara aceleração do indicador. A situação na Ucrânia agravou a situação, mas as perturbações logísticas globais e a crise energética vinham já revelando uma tendência ascendente da inflação.
O Banco de Portugal atualizou recentemente as suas previsões para a taxa de inflação este ano, revendo em significativa alta dos 1,8% para os 4%. Já o Conselho de Finanças Públicas projeta uma inflação de 3,9% no final do ano.
[notícia atualizadas às 11h11]
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