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Inflação homóloga em São Tomé e Príncipe cai em maio e aproxima-se de um dígito

Boletim mensal do INE são-tomense confirma trajetória de descida da taxa de inflação para 10,5% em maio.
23 Junho 2025, 20h57

A taxa de inflação homóloga em São Tomé e Príncipe desceu para 10,5% em maio, prosseguindo a tendência de queda dos últimos meses.

Os números constam do mais recente boletim do Instituto Nacional de Estatística (INE) são-tomense, que reporta uma redução de 6,1 pontos percentuais sobre a taxa observada no mesmo mês homólogo. Em maio deste ano, a taxa de variação mensal foi de 0,4% em maio, caindo 0.5 pontos percentuais face a abril (0,9%).

A inflação acumulada até maio é de 3,7%, acrescenta o instituto liderado pelo economista Gueitt Almeida.

Em 2024, a taxa de inflação fixou-se em 14,5%, com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) a preverem uma descida da taxa para um dígito já este ano. O FMI aponta para os 9,6% já em 2025. Em 2026, deverá atingir os 7%, segundo o BAD. Em 2022, a inflação em São Tomé e Príncipe chegou a atingir 25,2%.

Recuando ao boletim mensal do INE, olhando para as classes de despesas, a “Restauração, Hotéis, Cafés e Similares” (3,1%), “Habitação, Energia e Combustível” (1,5%) e “Educação” (1,5%) apresentaram as variações positivas mais significativas numa análise em cadeia. Em contracorrente, as classes do “Mobiliários e Artigos de Decoração” (- 0,2%) e “Saúde” (-0,1%) foram as que menos contribuíram.

Em abril, o economista do FMI Thibault Lemaire alertou que a crise comercial global deverá agravar o problema da elevada inflação em São Tomé e Príncipe. “As recentes crises perturbam a cadeia de abastecimento, aumentando os preços dos produtos de base e, consequentemente, as pressões sobre a inflação” do país.

“A inflação é muito elevada, São Tomé e Príncipe tem registado progressos notáveis no controlo da inflação, com implementação do regime de paridade fixa com o euro. A inflação tem-se mantido elevada devido a fatores como a fraca disciplina orçamental, a fraca capacidade produtiva interna, que torna os produtos internos menos competitivos face aos importados”, disse o economista à agência Lusa após os Encontros anuais da Primavera do Banco Mundial e do FMI, em Washington, no final de abril.

No mês anterior, aquando do debate do Orçamento Geral do Estado (OGE), o primeiro-ministro Américo Ramos estimou que a inflação no país, que no final do ano atingiu os 11,6% (inflação acumulada), deverá “desacelerar para 6,9% em termos homólogos”.

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