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Inflação na Alemanha cai abaixo de 2% pela primeira vez desde o início de 2021

Os dados sobre a inflação na Alemanha juntam-se a outros divulgados recentemente que reforçam a perspetiva de que o BCE poderá avançar já em outubro com um novo corte das taxas de juro.
Filipe Singer/EPA via Lusa
30 Setembro 2024, 15h44

A inflação na Alemanha caiu abaixo da meta de 2% definida Banco Central Europeu (BCE) pela primeira vez em mais de três anos e meio. Uma evolução que aumenta a probabilidade de o banco central liderado por Christine Lagarde avançar com outro corte das taxas de juro já na próxima reunião agendada para outubro.

A taxa de inflação da maior economia europeia acelerou 1,8% até setembro, depois de ter subido 2% no mês anterior, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete de estatística da Alemanha. Os economistas consultados pela “Reuters” previam uma taxa de 1,9%.

A inflação na Alemanha está agora no nível mais baixo desde fevereiro de 2021, quando se situou nos 1,6%, relembra o “Financial Times”, depois de ter subido para 11,6% em outubro de 2023, devido ao aumento dos preços da energia e problemas nas cadeias de distribuição a nível global.

A Alemanha junta-se, assim, a outros países da zona euro que também estão a registar uma descida da taxa de inflação, com os analistas a preverem agora que a taxa para a região fique abaixo dos 2% quando os dados forem divulgados esta terça-feira.

Os dados da inflação para a Alemanha juntam-se a outros que reforçam a possibilidade de o BCE avançar com um novo corte das taxas de juro já na reunião de outubro, quando, até agora, a maioria dos economistas apontava para dezembro.

Os números fracos referentes à inflação em França e Espanha já tinham colocado esta hipótese em cima da mesa, bem como o PMI da zona euro, que mede o nível da atividade na indústria e serviços. Este indicador caiu abaixo do patamar dos 50 pontos pela primeira vez desde fevereiro, apontando para uma contração da atividade.

Estes dados foram “demasiado fracos para não se alterar a perspetiva relativamente à reunião agendada para outubro”, afirmou Piet Haines Christiansen, do Danske Bank, numa nota enviada aos clientes dando conta da mudança de projeções.

Também os economistas do Goldman Sachs, JPMorgan, BNP Paribas e T Rowe Price reviram na sexta-feira as suas previsões para afirmarem que é provável uma descida das taxas de juro no próximo mês.

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