A inflação da Argentina, que acumula uma aceleração de 40,5% nos últimos dose meses, deverá atingir um novo pico do ano em setembro e outubro, segundo o ministro do Tesouro argentino Nicolas Dujovne.
“A inflação nos meses de setembro e outubro marcará o ponto alto do ano, em consequência da instabilidade cambial que vivemos desde abril”, disse Dujovne, citado pela agência Reuters. O ministro acrescentou que o índice de preços no consumidor subiu 6,2% em setembro, mas desacelerou nos últimos 10 dias.
O aumento dos preços no consumidor foram agravados pelo enfraquecimento do peso argentino e pelo esforço de contenção orçamental do governo, que inclui cortes nos subsídios públicos. Subsídios reduzidos de água, eletricidade e gás para aquecimento doméstico aumentaram as contas de serviços públicos pagas pelos consumidores.
Em abril, os investidores começaram a rejeitar dívida de curto prazo emitida pelo banco central, devido ao aumento das preocupações com a recessão no país e sobre a sua capacidade do país de cumprir os compromissos financeiros internacionais. A crise de confiança provocou uma corrida à moeda local, o peso.
O peso valorizou 13% em outubro para 36,54 por dólar norte-americano. No entanto, a moeda continua 49% mais fraca em relação ao dólar no acumulado de 2018.
O banco central começou a tentar controlar a desvalorização do peso no início do mês, através da emissão de milhares de milhões de dólares em dívida a sete dias, as Leliqs. Esta sexta-feira, o banco central emitiu o equivalente a 3,7 mil milhões de dólares em Leliqs, com uma taxa de juro média de 72,88%.
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