A Venezuela registou um ligeiro aumento na inflação em outubro, com 6,7%, atingindo os 362% a taxa anualizada, segundo dados divulgados hoje pelo Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).
Os dados do OVF, uma entidade independente do Banco Central da Venezuela (BCV), dão conta ainda que a inflação acumulada nos primeiros dez meses de 2023 foi de 176,7% e a anualizada de 362%.
Em outubro, segundo o OVF, os serviços registaram uma subida média de preços de 9,8%, seguindo-se os restaurantes e hotéis (9,5%), a educação (8,3%), alimentos e bebidas não alcoólicas (7,1%) e as bebidas alcoólicas e o tabaco (6,3%).
Por outro lado, o setor do lazer registou 6,1% de inflação, as comunicações 5,9%, o transporte 5,7%, o vestuário e o calçado 5,6%, o equipamento para o lar 5,4%, a saúde 5,2%, o aluguer de habitação 5,1% e, os bens e serviços diversos 5,0%.
O aumento de preços ao consumidor, segundo o OVF, acontece num “contexto em que o tipo de câmbio se manteve relativamente estável” num país onde os preços dos produtos, embora sejam pagos em bolívares, são referenciados primeiro em dólares norte-americanos.
“O preço do dólar aumentou 3,5%, o que indica que a política de tentar conter a taxa de câmbio para atuar como âncora da inflação não parece estar a produzir os resultados esperados”, explica .
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