Esses ganhos estão dentro do intervalo já sinalizado pelo Executivo para o rendimento adicional às famílias, estimado em 200 milhões de euros, e considerados como “significativos” com valores de “200 euros anuais, ou de variações de 12 a 14 euros anuais”. Medida terá maior impacto nos contribuintes com rendimentos de trabalho dependente e que integrem agregados com um ou dois titulares, já que é aí que se verifica o maior desajustamento entre o imposto retido e o efetivamente devido. Por exemplo, no caso de um casal com dois titulares, sem filhos, com um rendimento bruto de 1.500 euros ao final do mês terá mais cinco euros de rendimento disponível (70 euros em termos anuais). Já o mesmo tipo de agregado com um salário bruto de 2.000 euros, o alívio fiscal será de 126 euros ao fim do ano com um acréscimo de 9 euros no rendimento mensal. Os cálculos da EY são feitos com base na redução da taxa de retenção de IRS, anunciada pelo Governo e que em média trará um alívio fiscal de 2% aos trabalhadores dependentes com agregados com um ou dois titulares de rendimento. Novas taxas de retenção só serão, porém, conhecidas em dezembro e serão aplicadas de forma progressiva em janeiro, variando em função do escalão de rendimento. Medida abrangerá cerca de 2,5 milhões de trabalhadores dependentes e surge como forma de garantir às famílias portuguesas uma liquidez adicional já que no próximo ano não verão qualquer alteração das taxas de IRS que se vão manter inalteradas, tal como o número de escalões, cujo desdobramento fica adiado devido à pandemia.
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