A IP – Infraestruturas de Portugal vai avançar com um investimento de 40,5 milhões de euros no reforço dos sistemas de controlo-comando e sinalização em vários troços da rede ferroviária nacional.
“A Infraestruturas de Portugal vai dar inicio à empreitada de conceção, fornecimento, montagem e manutenção, de um novo sistema de Controlo-Comando a implementar nos seguintes troços da Rede Ferroviária Nacional”, anuncia um comunicado da empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária nacional.
Este documento acrescenta que o investimento em causa incidirá na linha do Douro (troço Caíde-Marco de Canaveses-Régua); no Corredor Internacional Norte (ligação ferroviária Aveiro-Vilar Formoso no Corredor Atlântico e linha da Beira Alta (Pampilhosa-Vilar Formoso); no Corredor Internacional Sul (ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha), no troço Évora-Elvas–Caia).
“Representando um valor de investimento superior a 40,5 milhões, a intervenção tem início formal hoje [dia 3 dce dezembro], com a assinatura do auto de Início de trabalhos da empreitada, que foi adjudicada à THALES – Consórcio THALES PORTUGAL, S.A./ SISINT – Supervisão, Conservação, manutenção e Gestão de Redes de Energia, Lda”, revela o referido comunicado.
Segundo a IP, esta empreitada respeita à conceção, fornecimento, montagem e manutenção de sistemas de sinalização & ETCS (European Trail Conrol Sysytem), em vários troços da RFN – Rede Ferroviária Nacional, mas o contrato prevê também a prestação dos serviços de manutenção integral das mesmas instalações.
“As intervenções de modernização da Rede Ferroviária Nacional, que estão a ser desenvolvidas pela IP no âmbito do Plano Ferrovia 2020, compreendem também o reforço da segurança do sistema ferroviário, nomeadamente, através do investimento na instalação de sistemas de controlo, comando e Sinalização. A instalação de sinalização eletrónica prevista neste contrato, além do aumento da segurança assegura ainda a uniformização das condições de comando e controlo com as existentes na restante Rede Ferroviária, bem como a melhoria das condições de exploração (…)”, defende o referido comunicado da IP.
Entre as melhorias de condições de explorações previstas, a IP destaca “a instalação de encravamentos que comandam e controlam as agulhas (dispensando as operações de guarnecimento das estações com recursos humanos), [que] detetam a presença de comboios nas linhas, permite que a segurança da circulação ferroviária deixe de estar exclusivamente dependente do fator humano”.
A instalação de sistemas interoperáveis de controlo de tráfego – ETCS, nas linhas/troços com ligações transfronteiriças, nomeadamente na linha da Beira Alta e no troço Évora-Elvas-Fronteira; o novo controlo e comando centralizado, pelos Centros de Comando Operacionais (CCO) de Lisboa e do Porto, que “permitirá um maior nível de fiabilidade, flexibilidade, capacidade e disponibilidade dos troços a intervencionar, semelhante à restante rede da RFN já comandada e controlada pelos CCO”; e a integração e automatização das passagens de nível, “incrementando a segurança rodoferroviária”.
No entender dos responsáveis da IP, “adicionalmente, este investimento garante o cumprimento das condições de interoperabilidade estabelecidas na Diretiva (UE) 2016/797 relativa à interoperabilidade do sistema ferroviário na União Europeia, no Regulamento (UE) 1315/2013 da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) e enquadramento legislativo da União Europeia, no que se refere aos Sistemas de Controlo, Comando e Sinalização, e do Regulamento de Execução (UE) da Comissão 2017/6, de 5 de janeiro de 2017, relativo ao Plano de Implantação do Sistema Europeu de Gestão do Tráfego Ferroviário (ERTMS).
Implementar um plano combinado de adoção do ERTMS/ETCS, numa estratégia de migração sincronizada para infraestrutura e material circulante que garanta a interoperabilidade técnica e operacional sem lesar a intraoperabilidade nacional, de acordo com o Plano Nacional de Implementação do ERTMS, definido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT); e a substituição dos equipamentos de sinalização e controlo de velocidade existentes em fim de ciclo de vida, através do plano de investimentos decorrentes dos projetos de modernização dos troços são outras vantagens apontadas pela administração da IP com a concretização desta empreitada.
“Este investimento, com enfoque no reforço da segurança do sistema ferroviário nacional, é complementar e está devidamente articulado com as diversas empreitadas já em curso, ou com início de obra previsto a muito curto prazo, que a IP está a desenvolver na modernização da RFN”, assegura o referido comunicado.
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