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Iniciativa Liberal defende que Centeno “abandona o barco” e não esteve “à altura das circunstâncias”

Promessa de continuidade no Ministério das Finanças é vista pelos liberais como um sinal de que “continuará uma carga fiscal recorde, a prepotência do Fisco e a austeridade encapotada das cativações”.
Mário Cruz/Lusa
9 Junho 2020, 13h57

A Iniciativa Liberal reagiu à notícia da saída do ministro de Estado e das Finanças com críticas ao governante que será substituído na segunda-feira pelo atual secretário de Estado do Orçamento, João Leão, dizendo que “ficará para sempre conhecido como alguém que não esteve à altura das circunstâncias”.

“Mário Centeno governou na conjuntura económica mais favorável em muitos, muitos anos. Exatamente no momento em que chega a crise, dois ou três meses antes de esta se agravar a pique, abandona o barco”, refere o partido, apontando ausência do “sacrifício pelo coletivo de que os socialistas tanto falam”. “Parece que só governam quando há dinheiro, depois começam a fugir em tempos de aperto”, defende o partido, referindo-se à saída de Mourinho Félix e Álvaro Novo para acrescentar que também há secretários de Estado “igualmente a saltar do barco em busca de outras bóias de salvação”.

Por outro lado, a Iniciativa Liberal reforçou a posição de que Centeno não deverá tornar-se o próximo governador do Banco de Portugal, sendo “impensável que o futuro governador possa vir a ter de se pronunciar sobre algumas decisões tomadas por si mesmo” e considerando “ingénuo” acreditar que poderia “gerir sem conflito de interesses” a relação com o futuro ministro das Finanças, seu antigo secretário de Estado.

Para a Iniciativa Liberal, a promessa de continuidade no Ministério das Finanças é também sinal que “continuará uma carga fiscal recorde, a prepotência do Fisco e a austeridade encapotada das cativações”.

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