Insolvências em Portugal aumentam 7,3% nos primeiros sete meses do ano
As insolvências em Portugal registaram um aumento de 7,3% até ao final de julho de 2025, totalizando 2.255 ações, o que representa um acréscimo de 153 em relação ao ano anterior, de acordo com um comunicado da Iberinform, filial da Crédito y Caución. No mês de julho, foram registadas 314 insolvências, mais 48 do que em 2024, um aumento de 18%.
Nos primeiros sete meses do ano, as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 23%, somando 103 ações a mais. As insolvências requeridas por terceiros também subiram cerca de 20%, totalizando 457 pedidos. Por outro lado, os encerramentos com plano de insolvência diminuíram mais de 33%, totalizando apenas 20.
Os distritos de Lisboa e Porto lideram o número de insolvências, com 535 e 558, respetivamente. Lisboa registou um aumento superior a 15%, enquanto o Porto teve um acréscimo de 13%. Bragança (+39%), Castelo Branco (+32%) e Leiria (+30%) destacam-se como os distritos com os maiores crescimentos nas insolvências.
Por outro lado, nove distritos apresentaram decréscimos, com a Madeira a liderar com uma queda de 40%. Os setores mais afetados incluem Telecomunicações (+100%), Agricultura (+65%) e Transportes (+40%), enquanto o setor de Eletricidade, Gás e Água apresentou uma redução de 83%.
Constituições de empresas em queda
As constituições de novas empresas, pelo contrário, registaram uma queda, com 3.615 novas empresas em julho de 2025, uma diminuição de 15% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, houve uma redução de 0,4%, totalizando 32.035 novas constituições.
Lisboa continua a ser o distrito com o maior número de novas empresas, somando 9.771, embora tenha havido uma diminuição de 2,4% em comparação com 2024. O distrito do Porto viu um aumento de 1,9%, com 5.524 novas empresas. Viseu (+20%), Évora (+15%) e Portalegre (+11%) destacam-se com os maiores aumentos na criação de novas empresas.
Setores como Agricultura e Construção apresentaram os maiores aumentos na criação de empresas, enquanto Telecomunicações, Transportes e Comércio a Retalho enfrentaram as maiores quedas.
