O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), disse que o ano de 2025 promete ser um período de desafios e adaptação para o setor bancário, com impactos nas estratégias e operações das instituições financeiras.
“Tendo em conta as dinâmicas económicas, legislativas, laborais, tecnológicas e de segurança cibernética, o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) identificou as cinco principais tendências para o setor bancário neste ano que se inicia a instabilidade Geopolítica e Económica”, na opinião do sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos.
Assim, para o sindicato os temas que vão afetar a banca são a Instabilidade Geopolítica e Económica; a Transformação Legislativa e Regulatória; a Transformação do Mercado de Trabalho Bancário; a Aceleração da Digitalização e Competição com as Fintechs; e o Fortalecimento da Cibersegurança no Setor Bancário.
“O ano de 2025 será um período de adaptação e transformação para o setor bancário, com a influência de fatores globais e locais a impulsionar mudanças em várias áreas”, refere o SNQTB que acompanha estas tendências e reforça a necessidade de as instituições bancárias estarem preparadas para os desafios que se avizinham, assegurando a estabilidade e confiança dos seus clientes”.
“A instabilidade geopolítica, incluindo conflitos internacionais e a incerteza política em várias economias-chave, como a Alemanha e a França, poderá afetar a confiança nos mercados financeiros”, refere o sindicato que considera ainda que a “política orçamental expansionista e a implementação do PRR têm o potencial de influenciar o crescimento económico e a evolução da dívida pública, particularmente em Portugal”.
A Comissão Europeia prevê um crescimento de 1,9% para Portugal em 2025, abaixo da estimativa do Governo. A taxa de inflação deverá estabilizar em 2,5%, enquanto o Banco Central Europeu continuará a reduzir as taxas de juro, refletindo a estagnação económica na zona euro, por isso “as instituições financeiras terão de se adaptar um ambiente económico incerto, com previsões de crescimento moderado e taxas de juro reduzidas”.
Outro dos temas apontados pelo SNQTB é a “Transformação Legislativa e Regulatória”. O quadro legislativo e regulatório “em constante transformação será um desafio para o setor bancário, com a implementação de novas diretivas e regulamentos”.
“Em Portugal, destaca-se o crédito à habitação com garantia pública e o lançamento do euro digital pelo Banco Central Europeu. A implementação de novas normas, como a Diretiva NIS2 e o Regulamento DORA, visa reforçar segurança e resiliência do setor, impondo exigências adicionais às instituições bancarias”, acrescenta.
A União Europeia também entrará num novo ciclo legislativo com a posse da nova Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, enquanto o Tribunal de Contas da União Europeia publicará um relatório sobre a sustentabilidade das pensões profissionais, aponta.
Outro tema salientado é a “Transformação do Mercado de Trabalho Bancário”. Segundo o SNQTB “a crescente digitalização e a automação de processos bancários promoverão uma reconfiguração significativa das funções e competências no setor”.
A Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias emergentes “modificarão as funções tradicionais, exigindo que as instituições financeiras invistam em formação e retenção de talentos, bem como na promoção da sustentabilidade”, na ótica do sindicato.
O SNQTB fala em “modelos de trabalho híbridos, como o teletrabalho, e a conciliação entre vida profissional e pessoal serão essenciais para atrair e reter profissionais qualificados”.
O quarto ponto identificado pela análise do sindicato, refere-se à “Aceleração da Digitalização e Competição com as Fintechs”.
“A digitalização continuará a ser uma tendência dominante, com os bancos a investirem em tecnologias mais rápidas, seguras e eficientes para melhorar a experiência dos clientes”, acrescenta.
A competição com as Fintechs, que oferecem soluções financeiras inovadores e ágeis, tende a aumentar.
Para o sindicato, “o futuro do setor bancário dependerá das parcerias estratégicas entre grandes instituições financeiras e startups tecnológicas, fortalecendo as ofertas digitais e impulsionando a inovação”.
Por fim, o “fortalecimento da Cibersegurança no Setor Bancário”, é o quinto tema. Para o sindicato “o aumento da digitalização das transações financeiras e o crescente risco de ataques cibernéticos tornam a cibersegurança uma prioridade fundamental”.
“As instituições bancárias, em alinhamento com as autoridades reguladores, como o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu, intensificarão os testes de segurança cibernética. A proteção das infraestruturas digitais e a mitigação dos riscos de ciberataques serão cruciais para garantir a confiança dos clientes e a estabilidade do setor bancário”, acrescenta.
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