[weglot_switcher]

Instabilidade política castiga PSI 20 em dia verde na Europa

O dia foi animado na generalidade das praças europeias, exceto a portuguesa, onde a incerteza política e orçamental preocupam investidores. Os CTT destacaram-se pela negativa, fechando o dia a cair quase 10%.
5 Novembro 2021, 17h01

O PSI 20 fechou a última sessão da semana no vermelho, destoando da generalidade das suas congéneres europeias e apesar dos máximos atingidos pela Jerónimo Martins durante o dia.

A bolsa lisboeta perdeu 1,26%, caindo para os 5.630,80 pontos. Em Madrid, o IBEX 35 ganhou mais de 1%, chegando aos 9.131,50 pontos, enquanto o parisiense CAC 40 avançou 0,76% até aos 7.040,79 pontos. Em Frankfurt, o DAX 30 ganhou 0,20%, subindo até aos 16.061,05 pontos, e o britânico FTSE 100 também fechou a semana em alta, subindo 0,35% até aos 7.305,29 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 manteve-se quase inalterado, somando apenas 0,10 pontos até aos 483,30. No entanto, este valor volta a constituir um máximo, depois de quatro sessões consecutivas a marcar novos recordes nesta praça.

A instabilidade política afetou a performance da bolsa lisboeta na sessão de sexta-feira, com os mercados a penalizarem a incerteza em torno do Orçamento do Estado para o próximo ano e as consequências económicas da dissolução do parlamento. Assim, o PSI 20 contrastou com a maioria dos principais índices europeus, num dia de ganhos generalizados no Velho Continente.

Destaque, ainda assim, para a subida durante a sessão da Jerónimo Martins, depois da subida do preço-alvo da sua ação pela JB Capital. Estes ganhos foram ligeiramente corrigidos durante o dia, com o retalhista a fechar a ganhar 0,56%. Com uma prestação melhor, só a Semapa, que avançou 1,63%, e a Galp Energia, que ganhou 0,91%.

Por outro lado, os CTT penalizaram fortemente o índice lisboeta, caindo quase 10% na sessão. EDP Renováveis e REN deram fortes contributos na mesma direção, perdendo 2,38% e 2,11%, respetivamente.

Apesar dos dados macroeconómicos fracos vindos da Alemanha e França, as duas principais economias do bloco europeu, os mercados negociaram com ânimo à boleia das notícias em torno do medicamento da Pfizer que tem mostrado resultados encorajadores no controlo das infeções graves e óbitos por Covid-19.

O sector das viagens e do lazer foi dos principais beneficiados com as notícias, avançando 1,39%, bem como o do comércio, com o gigante polaco do comércio eletrónico Allegro ter liderado os ganhos do STOXX 600, depois do anúncio da compra de um grupo retalhista checo, noticia a Reuters.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.