O setor dos serviços e a comercialização combinada de bens e serviços deverá gerar grandes oportunidades para a indústria alemã, que se está a readaptar ao facto de o comércio mundial estar a crescer de forma mais lenta, de acordo com um estudo realizado pelo instituto de investigação económica Ifo a pedido da Câmara de Indústria e Comércio de Munique e da Alta Baviera.
“Embora até ao momento as empresas tenham tido grande sucesso nos mercados mundiais, com produtos de exportação tradicionais, são os serviços e as combinações de bens e serviços que oferecem um potencial de crescimento muito maior para o futuro”, refere o investigador Martin Braml.
É o caso, por exemplo, da venda de software de controlo personalizado para máquinas ou serviços de engenharia. Segundo o Ifo Institute for Economic Research, o comércio convencional de mercadorias com os Estados Unidos da América ou a China também tem “muito potencial” para os produtos bávaros especializados, caso as barreiras comerciais continuem a ser derrubadas.
O aumento das medidas protecionistas é um dos principais travões. “A indústria da Baviera, que até agora tem sido fortemente orientada para produtos de exportação deve responder a essas tendências [de mudança]. A Baviera tem potencial para alcançar uma posição muito mais forte nos mercados de serviços globais”, defendeu Manfred Goessl, presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Munique e Alta Baviera.
Em 2019, a economia alemã cresceu 0,6%, mas estagnou no último trimestre, segundo dados provisórios publicados recentemente pela agência federal de estatística da Alemanha (Destatis). O Produto Interno Bruto (PIB) germânico cresceu 0,5% no primeiro trimestre de 2019, recuou 0,2% no segundo trimestre e recuperou 0,2% entre os meses de julho e setembro.
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