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“Insultos racistas? Países onde isso aconteça devem ser excluídos das competições internacionais”, defende Gareth Bale

O extremo do Real Madrid referia-se aos acontecimentos verificados na passada quinta-feira no estádio Ferenc Puskas em Budapeste, capital húngara, em que os jogadores ingleses, sobretudo Raheem Sterling e Jude Bellingham, foram constantemente insultados.
  • Gareth Bale
4 Setembro 2021, 16h56

O futebolista internacional pelo País de Gales, Gareth Bale, defendeu este sábado, de acordo com o jornal francês “LÉquipe”, que os países que sediam estádios onde acontecem insultos racistas devem ser excluídos das competições internacionais.

O extremo do Real Madrid referia-se aos acontecimentos verificados na passada quinta-feira no estádio Ferenc Puskas em Budapeste, capital húngara, em que os jogadores ingleses, sobretudo Raheem Sterling e Jude Bellingham, foram constantemente insultados.

“Não sei que tipo de severidade pode ser adotada nestas situações mas o que defendo é que se estes comportamentos acontecerem repetidas vezes, o que parece ser o caso, então esse país deve ser excluído das competições internacionais.

A FIFA condenou “energicamente” o comportamento dos adeptos húngaros no jogo que opôs esta quinta-feira a seleção magiar à Inglaterra, numa partida de qualificação para o Mundial de 2022 que teve lugar no estádio Ferenc Puskas.

A reação da FIFA, que abriu uma investigação ao sucedido em Budapeste, capital da Hungria, surge horas depois do jogo que a Inglaterra venceu por 0-4, partida que ficou marcada pelos constantes insultos racistas que se fizeram ouvir durante toda a partida, reações que ganharam ainda maior dimensão à medida que a seleção inglesa aumentava a vantagem no marcador.

De resto, a advertência à Hungria por parte das entidades que regem o futebol internacional já não é nova. No último Europeu, a UEFA condenou os húngaros a disputar três jogos à porta fechada por comportamento discriminatório. O facto do jogo desta quinta-feira estar sob a alçada da FIFA (qualificação para o Mundial), permitiu que o estádio Ferenc Puskas voltasse a encher, com os resultados que se conhecem.

A animosidade dos adeptos magiares para com os jogadores ingleses começou antes mesmo do apito inicial, no momento em os futebolistas da Inglaterra se ajoelharam num protesto contra o racismo. Conta o jornal “A Marca”, citando a imprensa britânica, que Raheem Sterling e Jude Bellingham foram jogadores mais assobiados durante todo o jogo. Foram arremessados vários copos a partir da bancada a partir do momento em que a equipa treinada por Gareth Southgate marcou o primeiro golo da partida.

Os acontecimentos em Budapeste foram de tal forma graves que o próprio primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, abandonou a bancada ao verificar o que estava a suceder no estádio Ferenc Puskas, realçando que era inaceitável que os ingleses estivessem a ser alvo de abusos raciais na Hungria. “Exijo que a FIFA tome medidas enérgicas para erradicar para sempre este comportamento vergonhoso do futebol”, exigiu o governante.

A imprensa britânica deu grande ênfase aos insultos racistas sofridos pela seleção inglesa. Numa das publicações que relataram os acontecimentos desta quinta-feira, podia ler-se: “Inglaterra – 4, Racistas – 0”.

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