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Inteligência artificial obriga a regulamentação “ativa e poderosa”

David Rowan alerta para a necessidade urgente de um debate público sobre as questões éticas relacionadas com a IA. E defende que a riqueza gerada pela automação terá de ser melhor distribuída, de maneira a manter a coesão social e a preservar o próprio capitalismo.
29 Janeiro 2023, 11h30

Acredita num cenário em que possamos ter algum tipo de rendimento universal, financiado pela enorme quantidade de riqueza que a Inteligência Artificial (IA) deverá criar nas próximas décadas?
Acho que se você comparar a qualidade de vida, a duração da vida, a qualidade da nutrição com o que havia há um século ou há 150 anos, constata que, claramente, avançamos. Então poderia dizer que, efetivamente, agora temos um rendimento básico universal. Efetivamente.

Ou seja, uma pessoa pobre que viva numa nação desenvolvida provavelmente viverá mais e melhor do que um faraó de há 3.000 anos.
Efetivamente, mesmo que você comece com uma posição baixa na hierarquia social, sem dinheiro da família, deve conseguir receber alguns cuidados básicos de saúde. Acho que o problema está em muitas economias, inclusive na minha, a do Reino Unido, em que regredimos nos últimos anos por causa da resistência em aumentar a carga tributária de empresas e indivíduos, espremendo recursos. Portanto, vivemos num mundo onde há uma imensa quantidade de riqueza a ser criada e, ainda assim, a esperança média de vida está a cair nos Estados Unidos e no Reino Unido.

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