Um restaurante também se faz de palavras. De significados. O Intemporal carrega no nome a ideia de tempo. De saborear o tempo. E faz jus ao que nos diz o dicionário na definição de intemporal: “que está para além do tempo; eterno”. Demasiado filosófico para um conceito de fine dining que, assumidamente, foi pensado para conquistar uma estrela Michelin? Nada disso. Aqui, cada estação define-se pelos sabores e aromas que marcam o ritmo da Natureza, sem pressas, sem soberba. Enaltece-se o tempo passado à mesa, a vista – ainda não falámos da imensa janela rasgada sobre o mar? –, a companhia e o serviço.
Palavra de Miguel Laffan, o maestro desta pequena e harmoniosa orquestra, empenhada em provar que, na cantiga Casa do Fiscal agora transformada numa gourmandise em tons amarelo-torrado-laranja, o tempo tem sabores que perduram na memória. A par de estórias que já fazem parte do ‘Diário’ deste espaço aberto ao público há pouco mais de um mês. Caso do jovem que pediu a namorada em casamento ao som de um violoncelo, na recatada sala do primeiro andar. O chef português, com ascendência irlandesa e natural de Cascais, recorda esse momento entre sorrisos. Afinal, quem disse que fine dining e storytelling não podem andar de mãos dadas? Ou de anel no dedo, neste caso.
O recato do espaço – 4 lugares no piso térreo ao “balcão do chef” e 12 no piso superior – não apela apenas a momentos especiais. Foi traçado pela arquiteta Paula Arez para que a vista e o conforto complementem a experiência gastronómica, naquela que é a primeira aventura na restauração do grupo Wellow, que atua nas áreas de recursos humanos, outsourcing, energia, telecomunicações e mediação imobiliária e de seguros.
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