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Milhares de milhões de objetos ligados à Internet dentro de 4 anos

Em 2020, serão entre 30 mil milhões e 100 mil milhões de objetos ligados em rede. O primeiro valor é apontado pelo Gartner; o segundo, pela tecnológica Ericsson. Será 2016 o ano da disrupção da Internet das Coisas?
10 Janeiro 2016, 17h00

Sejam 30 mil milhões ou 100 mil milhões, o certo é que qualquer dos números é substancialmente superior ao número de habitantes do Planeta, estimado atualmente em 7 mil milhões.

A esta ligação de múltiplos dispositivos em rede chama-se Internet das Coisas (IoT). A IoT é um dos pilares da chamada transformação digital a que as empresas têm de se adaptar, sob risco de perecer. A par da cloud, do business intelligence/big data, da mobilidade ou do social business a IoT poderá ser a grande disrupção de 2016.

Do ponto de vista tecnológico, os desafios já foram ultrapassados. A infraestrutura existe e a IoT é uma realidade. Falta agora a adoção generalizada nos seus produtos e serviços das empresas, falta ultrapassar os desafios organizacionais.

Um estudo da IBM apresentado esta semana durante o CES 2016, a grande feira da tecnologia em Las Vegas, conclui que a “convergência da maturidade do IoT e da dispositivos com inteligência cognitiva é uma oportunidade sem precedentes para criar valor e fortalecer as relações com os clientes”.

Da análise das respostas dos 183 responsáveis de topo (C-Level) contactados, a IBM conclui que “à medida que a indústria eletrónica se expande, nascem novos ecossistemas e tornar-se-á cada vez mais importante a orquestração dos dispositivos, sem sobressaltos, entre plataformas abertas transversais a industriais”.

Mas a questão de fundo não está, neste momento, na tecnologia: “Os desafios organizacionais serão mais elevados que os tecnológicos na implementação de estratégia IoT, à medida que as empresas reinventam as suas identidades no IoT, acrescenta o estudo da IBM.

Afinal o que é a IoT? De acordo com a definição da Ericsson, a IoT é o design e implementação de sistemas e soluções assentes na Internet que interagem com o meio ambiente. “É uma evolução das aplicações e tecnologias M2M (machine-to-machine)”. Com a IoT, os dispositivos poderão partilhar dados através da Internet, não estando limitados a redes locais. A IoT permitirá a comunicação entre qualquer aspeto imaginável do ambiente, desde a natureza a edifícios, passando por veículos ou eletrodomésticos.

A nível das instituições e dos governos, a IoT pode igualmente contribuir para a melhoria do funcionamento da sociedade. Por exemplo: os objetivos de sustentabilidade e o aumento da procura de energia estão a pressionar as infraestruturas de transportes e energia. A IoT pode dar resposta a estes desafios através de sistemas inteligentes de medição e controlo.

Segundo a Ericsson, muito antes, em 2020, uma família de quatro pessoas terá cerca de 50 dispositivos conectados, três vezes mais que atualmente. E a maioria das empresas (94%) acredita que a IoT irá ter impacto nos mercados e nas indústrias no prazo de apenas três anos. Estas são algumas das previsões da Ericsson, que tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de redes 5G.

Virtualmente todas as indústrias estarão envolvidas, desde os transportes públicos e particulares, passando pela logística, energia, indústria transformadora ou retalho. Na prática, e segundo a Ericsson, em 2025, a IoT deverá gerar um valor económico de 1,9 milhões de milhões de dólares (cerca de 1,75 milhões de milhões de euros).

A IoT é uma realidade em termos tecnológicos. A grande questão que as empresas se devem colocar é: “estamos preparadas para o negócio das coisas?”

http://www.oje.pt/3-aplicacoes-da-iot-no-quotidiano/

Por Mafalda Simões Monteiro/OJE

 

 


O OJE lançou o desafio ao mercado e quase três dezenas de gestores responderam ao desafio.

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