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Investidor americano no Benfica diz que quer ser um “parceiro produtivo”

“Não pretendemos envolver-nos nas decisões desportivas da Benfica SAD”, garante a Lenore Sports Partner que comprou mais de 5% da Benfica SAD.
15 Maio 2025, 07h00

A Lenore Sports Partner (LSP) diz que quer ser um “parceiro produtivo” do Benfica, após ter comprado mais de 5% do capital da SAD benfiquista.

“Como nova acionista, o único objetivo da LSP é apoiar a comunidade benfiquista, com profundo respeito pelos valores fundadores
do Benfica”, segundo o investidor norte-americano.

A Lenore diz que conta com “décadas de experiência em desporto, finanças, imobiliário, media e marketing” e que “pretende ser um parceiro do clube à medida que este navega num panorama futebolísticocada vez mais competitivo, explorando oportunidades em mercados e setores onde a Benfica SAD tem grande potencial de evolução”.

E declara: “não pretendemos envolver-nos nas decisões desportivas da Benfica SAD”.

“Estamos honrados por nos tornarmos acionistas da Benfica SAD e estamos empenhados em ser um parceiro produtivo que colabora com a liderança da Benfica SAD e do Clube, incluindo a expansão das fontes de receita para o Sport Lisboa e Benfica,” segundo Jean-Marc Chapus
e Elliott Hayes.

“Apreciamos e respeitamos a longa e excecional cultura dos benfiquistas e queremos ver o Benfica vencer por muitos anos”, rematam, prometendo “silêncio nas próximas semanas” devido às semanas decisivas que o clube tem pela frente.

A Lenore conta com quatro investidores: Jean-Marc Chapus, que lidera a Crescent Capital, uma gestora de ativos com vários escritórios nos EUA; Elliot Hayes, que foi membro da administração do OGC Nice da liga francesa; Alex Pomeroy, que lidera o fundo Quail Hill Holdings; Ethan Hallberg.

A Benfica SAD anunciou na terça-feira que tinha sido informada da compra de 5,24% do seu capital pela LSP.

“De acordo com as informações recebidas pela Benfica SAD do seu acionista Sport Lisboa e Benfica, o Clube ainda não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência na transmissão de parte das ações acima referidas, pelo que, cautelarmente, requereu a nulidade da venda, não tendo o Clube sido notificado de qualquer despacho relativamente a essa arguição”, segundo o comunicado benfiquista.

Uma parte destas ações pertenciam ao ex-dirigente encarnado Luís Filipe Vieira que detinha 3,28% do capital, mas que foi penhorado pelo Novobanco e vendido em leilão, com o clube encarnado a contestar a venda, reclamando direito de preferência.

A Benfica SAD encontra-se a “diligenciar, junto das entidades referidas, no sentido de obter as informações necessárias para averiguar se as disposições estatutárias sobre a aquisição de ações da Benfica SAD por entidades concorrentes são ou não aplicáveis neste âmbito”.

Um dos acionistas de referência da SAD é José António Santos, dono do grupo Valouro, que já avisou que só vende os mais de 16% que detém acima de 12 euros face ao preço atual de 4 euros e todas juntas.

 

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