Os investidores norte-americanos estão cada vez mais a virar as suas apostas para o futebol europeu. Segundo um estudo da consultora KPMG, alguns dos empresários e empresas mais ricas dos Estados Unidos já controlam um quinto de 60 clubes dos campeonatos de Inglaterra, Itália e França.
Kyle Krause, cuja fortuna familiar foi construída na rede de lojas de conveniência Kum & Go, tornou-se em setembro dono do Parma, juntando-se ao milionário Dan Friedkin, dono de uma rede de concessionárias da Toyota, ter comprado a AS Roma num negócio avaliado em 591 milhões de euros.
Em 2019, o italo-americano Rocco B. Commisso, CEO da operadora MediaCom e dono do New York Cosmos, comprou a Fiorentina por verbas que rondaram os 150 a 200 milhões de euros. A estes negócios juntam-se a aquisição do fundo Elliot Management, que em 2018 comprou 99,93% das ações do AC Milan.
Já em França, a RedBird Capital Partners, fundada pelo ex-sócio do Goldman Sachs, Gerry Cardinale, comprou uma participação maioritária do Toulouse FC, que joga atualmente na segunda divisão. De recordar que em 2016, o empresário Frank McCourt, tornou-se o novo dono do Olympique de Marselha, depois de ter oferecido 45 milhões de euros à antecessora, Margarita Louis-Dreyfus.
Outro investidor norte-americano atraído pelo futebol europeu é Joseph DaGrosa, fundador da private equity, MapleWood Partners, que está em negociações para comprar o Southampton, da Premier League. De resto, o empresário vendeu a sua parte que detinha nos franceses do Bordéus à também gestora de investimentos norte-americana King Street Capital.
O atual proprietário do Southampton, o empresário chinês Gao Jisheng, pretende cerca de 220 milhões de euros para vender o clube, segundo fontes anónimas revelaram à “Bloomberg”. Joseph DaGrosa pretende reproduzir o modelo do City Football Group, que possui participações em 10 equipas, como o Manchester City.
“Queremos criar uma plataforma de futebol que possa abrir o capital e atrair investidores institucionais e obter uma avaliação multibilionária. Não há nada melhor do que a Premier League”, referiu DaGrosa numa entrevista por telefone no início deste ano à “Bloomberg”.
A atração dos investidores norte-americanos está para durar. O empresário americano ligado aos media Henry Mauriss, esteve no início do ano a avaliar uma oferta pelo Newcastle United, que atualmente pertence a um consórcio da Arábia Saudita.
Além destes negócios em andamento, importa destacar que alguns dos principais clubes da Liga inglesa já são propriedade de investidores norte-americanos, como é o caso de Stan Kroenke, dono do Arsenal, do Fenwway Sports Group, do Liverpool ou da família Glazer, no Manchester United.
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