Esta semana marca o início da época de resultados referente ao terceiro trimestre para os maiores bancos europeus. Os investidores querem perceber como é que as instituições financeiras vão manter os resultados sólidos num período marcado pela descida das taxas de juro, com impacto nas margens do setor.
O Deutsche Bank, Lloyds e Barclays vão apresentar os resultados esta semana, com o UBS e o HSBC a darem conta da evolução dos seus números na próxima semana. O mercado espera que os bancos mantenham os níveis de rentabilidade, com a atividade na banca de investimento a compensar a quebra na margem do lado dos créditos às famílias e empresas.
Mas, de acordo com a “Reuters”, os investidores querem mais. Além de estarem atentos à qualidade dos ativos, e se esta se mantém resiliente, querem perceber qual é a estratégia em cima da mesa, se haverá uma redução dos custos e ainda sinais sobre uma deterioração do desempenho naquele que é um cenário de crescimento económico global mais fraco.
“As estimativas apontam que até 600 mil milhões de euros em margem financeira podem estar em risco na primeira metade de 2025, caso o Banco Central Europeu corte as taxas de juro como esperado”, afirma Filippo Maria Alloatti, da Credit at Federated Hermes, notando que as “equipas de gestão estão proativamente a adotar medidas”.
Por outro lado, os analistas da McKinsey afirmam que os responsáveis dos bancos precisam de acelerar para distinguirem-se dos seus pares e aumentar o apetite dos investidores.
As ações dos bancos têm subido a dois dígitos este ano, à boleia dos programas de recompra de ações que são possível graças a anos de acumulação de capital, reestruturações, corte de custos e à política do banco central, impulsionando os lucros.
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