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Investidores cautelosos e a aguardar reunião da Fed

Depois da reunião da Fed acontece a reunião do Banco Central Europeu (BCE), sendo que “as reuniões dos bancos centrais são especialmente relevantes pois mostrarão as suas perspetivas para 2026”, revelam os analistas do Bankinter.
4 Dezembro 2025, 07h00

Os mercados fecharam a sessão de quarta-feira a registar ganhos, numa semana que, segundo os analistas, será um “compasso de espera” para a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) no próximo dia 10 de dezembro.

Depois da reunião da Fed acontece a reunião do Banco Central Europeu (BCE), sendo que “as reuniões dos bancos centrais são especialmente relevantes pois mostrarão as suas perspetivas para 2026”, revelam os analistas do Bankinter.

Esta semana ainda é esperada a divulgação da inflação norte-americana, na sexta-feira, sendo esperado “uma evolução similar à do mês anterior”, revelam os analistas. “Este é o indicador preferido da Fed, portanto é um dado que ganha especial relevância neste momento”, sublinham.

A espera por este indicador tem causado uma queda no ouro. “A leitura do PCE deverá influenciar as expectativas quanto ao rumo das taxas de juro da Fed, o que, por sua vez, afetará o dólar norte-americano e, em última análise, os preços do ouro, devido à correlação inversa entre os dois ativos”, refere Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe.

A ajudar à decisão da Fed também foram conhecidos dados do emprego, com o relatório da ADP a revelar que o setor privado norte-americano perdeu 32 mil empregos em novembro.

Esta semana os investidores também estão de olhos postos nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. “as esperanças de uma resolução a curto prazo para a guerra na Ucrânia dissiparam-se, e as tensões voltam a aumentar, particularmente após as recentes ameaças do Presidente russo de um conflito com a Europa. Neste contexto, marcado por uma perspetiva negativa para o dólar e por uma instabilidade geopolítica crescente que reforça o apelo do ouro como ativo de refúgio, poderá haver margem para uma recuperação dos preços do metal precioso, sobretudo se os próximos dados económicos confirmarem um arrefecimento da economia americana e uma estabilização da inflação”, salienta o analista da ActivTrades.


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