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Investidores em Hong Kong preparam-se para um cenário mais adverso

Os banqueiros privados assinalam que os clientes estão a acelerar o esforço para garantir um plano de contingência numa altura em que Hong Kong enfrenta uma das maiores crises políticas e económicas desde 1997.
14 Junho 2020, 12h07

Os investidores com alto poder aquisitivo estão a reduzir a exposição dos ativos a Hong Kong ou a adotar estratégias que permitam retirar ativos a qualquer momento, na sequência de uma das piores crises económicas e políticas desde 1997 que assola a região, noticia a Bloomberg, este domingo.

Segundo a agência, os banqueiros privados assinalam que os clientes estão a acelerar o esforço para garantir um plano de contingência, depois de a China ter anunciado no mês passado que iria impôr leis de segurança nacional controversas em Hong Kong.

“O que estamos basicamente a assistir é um pouco como um acidente de comboio em câmara-lenta”, disse Richard Harris, responsável da Port Shelter Investment Management em Hong Kong. “As pessoas que não transferiram o seu dinheiro daqui podem ficar tentadas a pensar: ‘Bem, talvez deva retirar o meu dinheiro. É provável que este processo continue”, acrescentou.

No entanto, a Bloomberg sublinha que até ao momento existem poucas evidências de uma fuga de capitais generalizada, exemplificando que os depósitos bancários em Hong Kong aumentaram para um recorde em abril.

Ainda assim, a agência dá o exemplo de um investidor que transferiu 10 milhões de dólares para Singapura, que apesar de ainda não ter planos concretos para se mudar, está a estudar opções de residência noutros países.

Um outro banqueiro de investimentos decidiu mudar-se com a família para a Austrália, justificando que “as coisas parecem más e estão a deteriorar-se”.

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