O mínimo que se pode dizer da semana passada é que foi sem dúvida interessante e com um final condizente, isto porque depois da pior semana do ano e não obstante sinais contraditórios sobre o estado da economia mundial ou a ausência de avanços concretos nas negociações entre os EUA e a China, com vista a resolver o diferendo comercial entre as duas maiores economias do mundo, o certo é que os Bulls responderam à chamada e puxaram Wall Street para a melhor semana desde Novembro no S&P500 ao registar um ganho de 2,9%, similar ao do índice tecnológico Nasdaq compósito, já o industrial Dow Jones quedou-se por uma valorização mais contida de 1,6%, muito por culpa da contracção no valor dos títulos da Boeing, na sequência do acidente com a Ethiopian Airlines, que levou a uma suspensão de utilização dos 737MAX8 por diversos países.
Apesar do optimismo é de salientar que a resistência dos 2,800 pontos no S&P500 continua válida e necessita de ser convincentemente ultrapassada caso os investidores queiram levar o principal índice para novos máximos históricos, puxada para a qual deverá ser preciso mais do que uma simples notícia sobre um hipotético avanço nas negociações entre Washington e Pequim, como aconteceu na sexta-feira e que deu aso à boa sessão, sendo que não é de menosprezar que a mesma foi igualmente o que se chama de quadruple witching, ou seja propensa a algum window dressing, pelo que esta semana será fulcral para confirmar ou negar que o optimismo é para manter. Do lado económico não faltarão motivos de interesse, onde se destacam a reunião do FED que termina na quarta-feira, enquanto que do lado de cá do Atlântico, sairá o sentimento económico na Alemanha, o boletim económico do BCE e ocorrerá a reunião do Banco de Inglaterra.
No Forex o Euro recuperou cerca de três quartos das perdas que tinha registado na semana anterior face ao U.S dólar, terminando com um ganho de 0,2% para os $1.1321 na sexta-feira, já na relação com a Libra inglesa a moeda única saiu a perder ficando o EUR/GBP nos 0.85151. Tal desempenho da Libra deveu-se à rejeição do Brexit por parte dos deputados do Parlamento do Reino Unido e da aceitação de um pedido de extensão para as negociações, sendo no entanto incerto qual será a diferença possível no desfecho das reuniões de Theresa May com Bruxelas, tendo em conta que a U.E já referiu que não irá fazer alterações em relação ao último acordo e que o tempo para se negociar terminou, o que não quer dizer que não exista algum espaço de manobra, à boa maneira dos políticos, ainda assim dificilmente a questão do backstop na fronteira entre as Irlandas será resolvida, já que aparenta ser uma equação impossível de solucionar com a aprovação de ambas as partes.
O gráfico de hoje é do GBP/USD, o time-frame é Semanal
Após os ganhos da semana passada este par de moedas está agora bem mais próximo da linha de resistência (azul).
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