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Investigação científica 2020: passado, presente e futuro

Em Portugal, duas grandes áreas devem ser apostas agora e no futuro: o Turismo e o Mar, pois retratam a realidade da economia portuguesa.
7 Janeiro 2020, 07h15

Em 2010, a Comissão Europeia, apresentou a estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo da Europa até 2020. Estabeleceu como prioridade uma saída com êxito da crise económica, potenciando-se a criação de postos de trabalho e de uma melhor qualidade de vida. Aqui a investigação e a inovação tomaram um papel crucial para o desenvolvimento de novos conhecimentos, que só é possível com o reconhecimento primeiro do valor da investigação científica para a sociedade. Chegados a 2020, onde estamos nós? Muito se fez, mas, muito mais há ainda por fazer!

O novo ano traz consigo inúmeras possibilidades. Mas se nos limitarmos a pensar a curto-prazo, corremos o risco de perder a necessária visão para o sucesso a longo prazo. Por isso acredito que um dos maiores desafios da investigação em 2020 é pensar para além de 2020.

A Comissão Europeia já lançou os “rascunhos” do novo programa-quadro, o Horizonte Europa. Neste a investigação e a inovação são novamente pilares cruciais. Contudo, os desafios globais são vários: saúde, cultura, segurança, ambiente, entre outros, reportam preocupações da União Europeia para o futuro, porém simultaneamente abrem portas à investigação académica de excelência nas mais diversas áreas.

Em Portugal, duas grandes áreas devem ser apostas agora e no futuro: o Turismo e o Mar, pois retratam a realidade da economia portuguesa. Todavia, a estes aliam-se tópicos transversais: sustentabilidade, tecnologia e educação, que devem ser alicerces a toda a investigação que, também ela deve ser cada vez mais multidisciplinar. O desafio recai assim na capacidade de em conjunto promovermos investigação “de ponta” que potencialize o desenvolvimento de novas estratégias através do reconhecimento dos nossos pontos fortes enquanto região, país e Europa. Não esquecendo que juntos, mesmo em diferentes áreas de investigação, somos mais fortes.

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