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Irão desafia Trump e garante que vai continuar a exportar petróleo

Após a sua retirada unilateral do acordo internacional sobre o nuclear iraniano em maio de 2018, os Estados Unidos restabeleceram em agosto e novembro duras sanções económicas contra o Irão para reduzir as exportações de petróleo.
30 Abril 2019, 11h31

O Irão vai continuar a exportar petróleo, apesar da pressão norte-americana para reduzir as exportações de petróleo do país a zero, disse o presidente iraniano, Hassan Rouhani, em discurso transmitido ao vivo pela TV estatal iraniana, esta terça-feira, citado pela Reuters.

“A decisão dos EUA de reduzir as exportações de petróleo do Irão a zero é errada e equivocada, e não permitiremos que essa decisão seja executada e operacionalizada”, vincou Rouhani. “Nos próximos meses, os próprios americanos vão ver que iremos continuar com as nossas exportações de petróleo”, disse ele.

Caso os EUA consigam efetivamente bloquear as exportações de petróleo, o presidente iraniano ressalvou que encontrará outras maneiras de o fazer.

Após a sua retirada unilateral do acordo internacional sobre o nuclear iraniano em maio de 2018, os Estados Unidos restabeleceram em agosto e novembro duras sanções económicas contra o Irão.

Os rendimentos do petróleo são vitais para a economia do Irão, que vive uma crise marcada pela inflação e desvalorização da moeda.

Os preços do petróleo atingiram o maior nível desde novembro na semana passada, depois de Washington disse que todas as derrogações por petróleo iraniano atingido pelas sanções terminarão nesta semana, pressionando os importadores a pararem de comprar de Teerão e a restringirem ainda mais a oferta global.

https://jornaleconomico.pt/noticias/sancoes-dos-eua-ao-irao-levam-petroleo-a-atingir-o-valor-mais-alto-desde-novembro-436553

Os Estados Unidos exigiram, na passada segunda-feira, que os compradores de petróleo iraniano parem de comprar até 1º de maio ou enfrentam novas sanções, encerrando seis meses de revogações que permitiram que os oito maiores compradores do Irão, a maioria na Ásia, continuassem a importar volumes limitados.

A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo e líder da OPEP, que liderou os cortes de oferta global desde o início do ano, com o objetivo de sustentar os preços do petróleo. O banco Barclays emitiu uma nota de que a decisão dos EUA apanhou muitas entidades do mercado de surpresa e que “levará a um aperto significativo dos mercados de petróleo”.

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