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Irão-Estados Unidos: “Um cenário instável e muito perigoso”

Investigadora e ex–secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto acha que uma guerra imediata e direta entre Estados Unidos e Irão é um cenário pouco provável. Entretanto, o Ocidente já averbou a primeira derrota: os elementos mais pró-ocidentais e liberais do regime de Teerão deixaram de contar no quadro da política interna. Como tantas vezes antes, o Irão está nas mãos dos mais radicais – um serviço que o resto do mundo pode agradecer a Donald Trump.
12 Janeiro 2020, 18h00

Em fevereiro de 2019, a Casa Branca organizou em Varsóvia, capital da Polónia, uma espécie de cimeira internacional que tinha como questão de fundo a resposta àquilo que a administração chefiada por Donald Trump entendia ser o regime de constantes provocações internacionais sancionadas pelo poder de Teerão. Entre os cerca de 65 a 70 países presentes não constavam delegações de relevo dos países europeus – o que induzia desde logo o fracasso potencial da cimeira –, mas o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo não deixou de concluir que o mundo tendia a aproximar-se da visão catastrofista que a Casa Branca entendeu desde sempre ter sobre o regime iraniano posterior ao muitíssimo apreciado Xá da Pérsia.

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