O Governo português garante que os 34 militares portugueses no Iraque estão “bem”, depois do Irão ter atacado com misseis duas bases do exército norte-americano neste país.
Os membros do exército português estão na base de Besmayah, localizada a 40 quilómetros da capital iraquiana, Bagdad.
A garantia foi hoje dada pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
“Estão bem [os militares], têm medidas de proteção reforçadas no perímetro da base. Eles próprios andam com coletes à prova de bala sempre que estão fora de edifícios”, afirmou o ministro.
“É uma base algo isolada e fica a uns 40 quilómetros de Bagdad, numa região desértica”, acrescentou.
“A nossa missão é uma missão de formação, os nossos militares não estão envolvidos em operações, estão puramente a fazer formação, que foi suspensa, para já. Para a missão continuar, faz sentido que a formação seja retomada. Vamos ver quando é que há condições para retomar essas atividades”, disse o ministro.
A missão portuguesa neste país do Médio Oriente começou em novembro e termina em maio. Para já, nada muda: a missão do exército português no Iraque mantém-se até ao prazo previsto.
“É muito cedo para dizer, é prematuro. Vamos ver como as autoridades iraquianas desenvolvem a sua posição. O Parlamento iraquiano aprovou uma resolução, mas o Governo iraquiano não tomou nenhuma posição”, afirmou João Gomes Cravinho.
Duas bases norte-americanas no Iraque foram atacadas com, pelo menos, 15 misseis pelas 22h30 de terça-feira (hora de Lisboa).
Segundo a imprensa iraniana, citada pela Reuters, o Irão disse que 15 misseis foram disparados contra alvos norte-americanos no Iraque. Por sua vez, o Governo do Iraque disse que 22 misseis foram disparados.
As bases visadas no ataque foram a de Erbil, no norte do Iraque, e a base aérea de Al-Asad, a noroeste da capital Bagdad, segundo a CNN.
Donald Trump já veio a público garantir que “está tudo bem” nas duas bases militares norte-americanas no Iraque atacadas pelo Irão.
“Está tudo bem! Avaliação das baixas e danos está agora a ter lugar. Até agora, tudo bem! Temos o exército mais poderoso e mais bem equipado de todo o mundo, de longe”, afirmou o presidente norte-americano no Twitter.
Segundo a CNN, tanto os Estados Unidos como o Iraque garantem que não há baixas a registar devido aos ataques.
Por sua vez, o presidente iraniano considera que o seu país deu uma “resposta esmagadora” aos EUA depois da morte do general Qasem Soleimani.
O ayatollah também criticou a presença norte-americana no Médio Oriente: “A presença da América, que é uma forma de corrupção nesta região, deve chegar ao fim”.
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