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“IRC? Descida de um ponto não faz diferença”, sublinha PCP

“Estamos a falar de aprofundar a justiça fiscal, a redução do IRC favorece sobretudo os grupos económicos”, reagiu a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, sobre a nova proposta do Governo para o imposto sobre as empresas.
António Cotrim/Lusa
6 Outubro 2024, 16h20

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou este sábado que a proposta do Governo para o Orçamento de Estado 2025, de descida em 1 ponto percentual para o IRC “não faz qualquer tipo de diferença para aquilo que está em cima da mesa, e a opção política do Governo, aquilo que estamos a ver sob matéria fiscal para os grupos económicos não difere daquilo que também foi a opção por parte do Governo de maioria absoluta do partido socialista (PS).

Na opinião da deputada, com esta medida “estamos a falar de aprofundar a justiça fiscal, a redução do IRC favorece sobretudo os grupos económicos, aquilo que precisamos é de mais justiça fiscal, de aliviar a tributação do trabalho, das micro, pequena e médias empresas, e tributar os lucros dos grandes grupos económicos. Não é esse o caminho que está a ser colocado em cima da mesa, o caminho apresentado é de uma perspetiva de ainda maior injustiça fiscal, e naturalmente tem a total oposição do PCP”.

Na nova proposta apresentada pelo Governo, o Executivo deixou cair a medida do IRS Jovem, uma opção que, segundo Paula Santos têm dois objetivos “injustiça fiscal, e de conter o aumento dos salários”. “Não precisamos de injustiça fiscal no nosso país, precisamos de aumentar os salários, e essa questão quer da parte do Governo quer da parte do PS tem estado completamente de fora da discussão”, salienta a líder parlamentar do PCP.

Já sobre a medida do aumento das pensões a deputada sublinha que  “é preciso aumentar as pensões de uma forma muito significativa, para haver uma valorização efetiva do poder de compra dos reformados”.

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