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Isabel dos Santos abandona queixa-crime contra atual presidente da Sonangol

“No atual contexto de febre político-mediática, decidi não alimentar mais a controvérsia”, defendeu a filha do antigo presidente de Angola para explicar ter desistido do processo contra Carlos Saturnino.
Reuters
4 Outubro 2018, 18h44

Isabel dos Santos resolveu abandonar a queixa-crime contra o atual presidente do conselho de administração da Sonangol, segundo anunciou em comunicado. O processo vinha no seguimento das acusações que Carlos Saturnino fez contra a anterior gestão da petrolífera angola quando substituiu Isabel dos Santos no cargo.

“A minha decisão de não prosseguir com a queixa-crime do processo por difamação, tem por  base o facto da opinião pública estar suficientemente esclarecida quanto à verdade e de estarem restabelecidos os factos”, anunciou Isabel dos Santos, em comunicado.

A ex-presidente da Sonangol e filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos foi presidente do conselho de administração da Sonangol entre junho de 2016 e novembro de 2017, até ser exonerada pelo novo Presidente da República, João Lourenço, que colocou Carlos Saturnino na liderança da petrolífera.

Na conferência de imprensa de dia 28 de fevereiro, Saturnino acusou a administração de Isabel dos Santos de ter feito uma transferência de 38 milhões de dólares (cerca de 31,1 milhões de euros), após a sua exoneração. Isabel dos Santos negou, garantiu que o atual presidente da petrolífera angolana estava a mentir nas acusações que faz à sua gestão e acabou por avançar com uma queixa-crime, que agora abandona.

“No atual contexto de febre político-mediática, decidi não alimentar mais a controvérsia, especialmente porque, depois de todas as minhas detalhadas explicações, tornou-se bastante claro e evidente para opinião-pública de que as ações levas a cabo por Carlos Saturnino foram deliberadamente mal intencionadas e cujas alegações são infundadas”, defendeu.

Isabel dos Santos lembra que deu várias entrevistas e fez vários comentários públicos desde março para esclarecer o assunto. A empresária que estes foram esclarecedores, no sentido de informar a opinião pública sobre o que diz ser a “falsidade das acusações” e “alegações sem qualquer evidência factual” de Carlos Saturnino.

“Os factos e as verdades sobre o meu exercício enquanto Presidente do Conselho de Administração da Sonangol foram por mim amplamente comunicados e provados, não havendo assim necessidade de dar continuidade ao processo”, acrescentou Isabel dos Santos.

[Notícia atualizada às 19h]

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