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Isabel dos Santos sem “planos imediatos” para vender ações na Nos e Galp

“Estes investimentos foram realizados há quase dez anos”, sustenta Isabel dos Santos à publicação. “Os mercados agora estão um pouco voláteis. Para desinvestir estes ativos, terá de ser no momento certo”, esclareceu.
24 Abril 2021, 10h55

A empresária Isabel dos Santos, que há um ano era a mulher mais rica de Angola, revelou que não tem “planos imediatos” para vender as ações que detém nas empresas portuguesas Galp e Nos.

Em entrevista à “Bloomberg”, a filha do ex-presidente angolano explicou que os investimentos foram feitas há quase dez anos, não existindo razão para se desfazer imediatamente das ações.

“Estes investimentos foram realizados há quase dez anos”, sustenta Isabel dos Santos à publicação. “Os mercados agora estão um pouco voláteis. Para desinvestir estes ativos, terá de ser no momento certo”, esclareceu.

“Não sinto que o mercado esteja maduro agora”, defendeu a empresária que está atualmente a residir no Dubai, depois da investigação em Portugal e Angola terem visado os ativos detidos por Isabel dos Santos enquanto o seu pai ainda governava.

Atualmente, Isabel dos Santos detém 6% na Galp através da Exem, uma empresa ligada ao marido, falecido em outubro de 2020, cujos ativos estão avaliados em 500 milhões de euros. A Exem controla ainda 40% da Esperanza Holding, enquanto 60% é detido pela Sonangol. Por sua vez, a Esperanza detém 45% na Amorim Energia, que é a maior acionista da Galp com 33,34% do capital.

A participação na Nos é realizada através da Zopt, e a empresária detém 26,075% da operadora portuguesa. Ainda assim, estes ativos estão atualmente arrestados por ordem do tribunal.

De relembrar que Isabel dos Santos detinha ainda 71,73% da Efaced, mas o Estado português decidiu nacionalizar temporariamente esta participação da empresária angolana. A filha do ex-presidente de Angola adquiriu a participação na Efacec através da empresa Winterfell em 2015.

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