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ISEG prevê contração da economia entre 15% a 20% no segundo semestre

Economistas apontam para um recuperação mais lenta, com a queda global da economia “um pouco” mais profunda do que a anteriormente prevista.
6 Julho 2020, 14h51

O ISEG antecipa que irá cortar ainda mais a previsão de crescimento da economia para este ano, reflexo de uma recuperação mais lenta do que inicialmente previsto e uma queda a nível mundial mais acentuada. Adiando para a próxima nota de conjuntura a nova projeção, o grupo de economistas da instituição mantém a previsão de um tombo do crescimento do PIB português entre 15% a 20% no segundo semestre do ano.

“Mantém-se a previsão de que a variação homóloga do PIB se deverá ter situado no 2o trimestre entre -20% e -15%, intervalo cuja amplitude reflete a incerteza decorrente da natureza parcial dos dados disponíveis e das caraterísticas de novidade associadas a esta crise”, refere a nota de conjuntura de junho, publicada esta segunda-feira.

Os analistas sinalizam que relativamente à totalidade do ano de 2020, “a anterior previsão do ISEG será formalmente revista no próximo relatório”, mas adiantam “que, dados os sinais de que a recuperação será inicialmente mais lenta, também a queda global da economia será um pouco mais profunda do que a anteriormente prevista”.

Ainda assim, mantêm as expectativas para o segundo trimestre para a economia portuguesa face à última nota, antecipando uma queda profunda da procura interna, reflexo da queda do consumo privado e um aprofundar da queda na Formação Bruta de Capital Fixo, já que “só a construção terá tido um desempenho positivo ou quase”.

Em sentido contrário, o consumo público deverá acelerar, no entanto, com Em termos de Consumo Público espera-se “com impacto limitado face à dimensão das quedas esperadas nas outras componentes da procura interna”.

“Relativamente à Procura Externa Líquida (PEL), os dados de abril refletem o esperado: redução do saldo negativo no comércio de bens; redução bastante maior do saldo positivo da balança de serviços devido ao quase desaparecimento das atividades ligadas ao turismo. Em consequência, no 2o trimestre o contributo da PEL para a variação do PIB também será mais negativo, mas, no global, o contributo negativo da PI pesará mais que o da PEL”, acrescentam.

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