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ISQ: de uma sonda a Marte até tijolos fabricados com beatas de cigarros. Conheça as últimas novidades

O ITER é um projeto no qual o ISQ colabora há vários anos ao nível da formação, inspeção e desenvolvimento de tecnologias. Este projeto científico foi apresentado no ‘Impact Stage’ por Bernard Bigot, no âmbito do PWG – Planetiers World Gathering, o maior evento internacional sobre inovação sustentável, que decorreu no final da semana passada, no Altice Arena, em Lisboa.
26 Outubro 2020, 18h22

O ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade está a promover em Portugal um dos maiores projetos de inovação tecnológica do Mundo, o ITER, que visa a produção de energia limpa.

O ITER é um projeto no qual o ISQ colabora há vários anos ao nível da formação, inspeção e desenvolvimento de tecnologias.

Este projeto científico foi apresentado no ‘Impact Stage’ por Bernard Bigot, no âmbito do ‘PWG – Planetiers World Gathering’, o maior evento internacional sobre inovação sustentável, que decorreu no final da semana passada, no Altice Arena, em Lisboa.

“Desde agricultura ao espaço, passando pela indústria e cidades sustentáveis”, foram várias as soluções apresentadas pelo Grupo ISQ no PWG.

No dia 22, o ISQ marcou presença no ‘Communities Stage’, um dos palcos que receberá vários oradores internacionais, com o tema ‘Innovation inside the country: We belong to tomorrow’s day’, “para apresentar soluções e debater os desafios futuros da sustentabilidade”, de acordo com um comunicado desta empresa.

O ISQ levou também a palco os responsáveis do maior investimento científico da atualidade, o ITER, que visa a produção de energia limpa.

“Enquanto entidade que aposta fortemente em inovação e desenvolvimento sustentável”, o ISQ deu a conhecer diversas soluções tecnológicas que vêm dar resposta a desafios no âmbito dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU – Organização das Nações Unidas.

“Através de processos de Inteligência Artificial, Big Data, Machine Learning e IoT, o ISQ tem vindo a desenvolver soluções integradas à medida dos seus clientes, sobretudo para os sectores industriais de ponta com as indústrias de processo, aeronáutica, aeroespacial, energias renováveis, alimentação e farmacêuticas”, explica Pedro Matias, presidente do Grupo ISQ.

O comunicado em causa sublinha que, “para promover uma agricultura sustentável, por exemplo, o ISQ desenvolveu uma plataforma tecnológica integrada – o Intelicrop – que, através de observação da Terra via satélie e ‘data science’, permite monitorizar as variáveis agrícolas, fornecendo informações e previsões confiáveis ​​sobre a produção, indicadores agrícolas, índices de vegetação, ou riscos fitossanitários, com antecedência adequada, ajudando a elaborar ações preventivas contra problemas fitossanitários ou para melhorar a gestão de culturas”.

“Ainda nesta matéria, concebeu um dispositivo ‘IoT [Internet das Coisas] – Smartgreenhouse’ – que monitoriza estufas, permitindo medir em tempo real diversos indicadores (como a temperatura, humidade do ar, luminosidade, humidade no solo, entre outros). Estas soluções vêm contribuir para uma agricultura sustentável por via do aumento do conhecimento dos meios de cultura e variáveis intervenientes”, adianta o referido comunicado.

Os responsáveis do ISQ assinalam ainda que, “no âmbito da promoção de cidades limpas e sustentáveis, o ISQ criou uma receita para fabricar elementos de construção, nomeadamente tijolos, que incorpora pontas de cigarros”.

“Com esta solução, denominada ‘E,-tijolo’, obtém-se um produto mais leve, com melhores propriedades de isolamento e que reduz em 60% o consumo de energia necessária para a sua produção. Em causa está a reutilização e reciclagem dos resíduos urbanos, ao integrar beatas de cigarros na composição dos tijolos tradicionais, alavancando atividades conexas que, via investigação e desenvolvimento, podem dar origem a novos produtos”, esclarece o ISQ.

Ainda ao nível das cidades, o ISQ está a apresentar uma solução credenciada para monitorização de ruído e vibração: uma antena acústica.

“Sendo o ruído um dos riscos ambientais mais importantes para a saúde, esta antena contribui para melhorar a sustentabilidade e reduzir os riscos ambientais à saúde e ao bem-estar da população humana”, assegura o comunicado em questão.

Os responsáveis do ISQ destacam também que, na área aeroespacial, “o ISQ integra dois projetos da maior relevância neste setor”.

“Trata-se de uma sonda para Marte, uma solução de engenharia inovadora que cria uma cápsula de reentrada atmosférica que promete ser uma referência em novos desenvolvimentos para missões espaciais, para exploração de Marte. Tem-se uma solução mais simples, mais leve, 25% abaixo do peso máximo exigido, e com redução de custos de produção”, garante o ISQ.

Os responsáveis desta empresa referem que “acresce ainda o primeiro microssatélite português, denominado ‘Infante’, que tem como objetivo demonstrar a capacidade nacional de desenhar, construir, integrar, testar e operar um demonstrador de um microssatélite em órbita baixa (500 quilómetros de altitude)”, acrescentando que “trata-se de um projeto de I&D [Investigação & Desenvolvimento] para o desenvolvimento e demonstração em órbita de tecnologia para um pequeno satélite, precursor da observação de constelações vistas da Terra, para aplicações marítimas e comunicações”.

“No setor aeronáutico, o ISQ dá o seu contributo com o desenvolvimento de um protótipo inovador para um dispositivo móvel de realidade virtual – o AIRMES – que visa dar apoio e otimizar a manutenção aeronáutica, permitindo reduzir o tempo da procura de documentação e diminuir, por conseguinte, a probabilidade de falha humana, uma vez que está focalizado para a manutenção de peças e áreas de trabalho de difícil acesso e baixa visibilidade”, salienta o comunicado em apreço.

Por fim, “para ajudar à digitalização da indústria, o ISQ desenvolveu o ‘SIM 4.0’, um sistema inteligente de monitorização que tem por objetivo transferir conhecimentos científicos e tecnológicos para o tecido industrial, contribuindo desta forma para suprir algumas falhas de informação e de conhecimento sobre tecnologias avançadas e sua aplicação em sistemas industriais”.

O ‘Planetiers’ foi um evento que contou com a participação de reputados oradores nacionais e internacionais como Mohan Munasinghe, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2007; Gina McCarthy, 13º administradora do  Environmental Protection Agency (EPA) entre 2013 e 2017; Daymond John, empresário e investidor americano, personalidade do conhecido programa de televisão ‘Shark Tank’; Miguel  Bastos Araújo, biogeógrafo, especialista no estudo dos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade e  vencedor do Prémio Pessoa; e Gunther Pauli, por muitos considerado um dos fundadores da economia circular.

O ISQ é uma entidade privada, independente, presente em 14 países e com sete escritórios em Portugal.

“A atividade desenvolvida é suportada por uma rede de empresas do grupo, um conjunto de laboratórios acreditados e equipas multidisciplinares que ajudam os clientes a alinhar os seus objetivos de negócio com a regulamentação e normas aplicáveis e no cumprimento das suas metas nas áreas da qualidade, segurança, gestão de ativos e responsabilidade ambiental e social”, anuncia o referido comunicado.

Indústria, tecnologia e inovação são as premissas que pautam o trabalho desenvolvido pelo ISQ, que contabiliza já mais de 500 projetos internacionais de inovação e mais de 17 mil cursos de formação profissional.

“O ISQ dá suporte ao desenvolvimento e inovação na indústria a uma escala global, com soluções de serviços para os setores de ‘oil & gas’, energia, aeronáutica e aeroespacial, indústria de processo, saúde, mobilidade e ‘smart cities’, transportes e infraestruturas e agroindústria”, concluem os responsáveis da empresa.

 

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