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Israel já reabriu o espaço aéreo após ataque iraniano

Onda de ataque do Irão já terá acabado. O mundo está agora suspenso naquilo que será a reposta de Israel ao segundo ataque direto do Irão em meio ano.
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during a ceremony to show appreciation to the health sector for their contribution to the fight against the coronavirus disease (COVID-19), in Jerusalem June 6, 2021. REUTERS/Ronen Zvulun
1 Outubro 2024, 19h17

O ataque do Irão a Israel já foi considerado finalizado. As autoridades do Estado hebraico já reabriram o espaço aéreo israelita, ao mesmo tempo que as forças de defesa (IDF) já deram ordem aos seus habitantes para saírem dos centros de acolhimento contra ataques externos.

A imprensa israelita afirma que o país foi atacado por 181 mísseis, dirigidos para alvos essencialmente militares. Entre eles, estarão instalações israelitas de armas nucleares – um tipo de armas que Israel se recusa a reconhecer ter em seu poder. Recorde-se que, quando há pouco menos de um ano, o JE entrevistou o na altura embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira se recusou a responder diretamente a uma pergunta sobre o assunto.

Entretanto, Israel afirma que retaliará contra o ataque do Irão, mas não de uma forma clássica. O que quer que seja que isto quer dizer, aponta para uma retaliação que não usará os meios tradicionais: um ataque aéreo ou uma intervenção terrestre.

Por seu turno, o ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano ao cargo, Donald Trump, emitiu uma declaração sobre o ataque iraniano a Israel, alegando que o “mundo está a pegar fogo” e que a liderança dos Estados Unidos está ausente. “Sob o ‘presidente Trump’, não tivemos guerra no Oriente Médio”, diz Trump, referindo-se a si mesmo na terceira pessoa e reiterando as suas alegações de que o ataque do Hamas em 7 de outubro não teria acontecido se ele estivesse na Casa Branca. Para todos os efeitos, os analistas costumam recordar que os chamados Acordos de Abraão, gizados por Trump, foram uma esperança de que as relações entre Israel e o mundo islâmico teriam a hipótese de serem acomodados numa relação de paz.

Vários países subscreveram esses acordos, nomeadamente os Emirados Árabes Unidos, o Sudão, Bahrein e Marrocos (o Kosovo quis assinar mas não foi aceite. Mais tarde, os Estados Unidos quiserem fazer com que a Arábia Saudita também aderisse aos Acordos de Abraão, mas isso nunca veio a acontecer. Mesmo assim, vários analistas afirmavam que essa assinatura acabaria por suceder – sendo que alguns deles afirmam mesmo que o ataque de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas seria uma forma de impedir essa adesão por parte de um dos mais influentes países muçulmanos.

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