Surgem em vários canais de informação a notícia de que Israel está já a responder à retaliação do Irão através de um novo ataque ao solo iraniano. Se for verdade, parece haver poucas hipóteses de a guerra não se instalar entre as duas potências regionais. Por outro lado, outras informações dizem que pode ter sido detetada a presença de aviões de guerra “hostis” – que em princípio quer dizer iranianos – no deserto de Israel. A ser verdade, é possível que o Irão esteja a tentar atacar as instalações nucleares de Israel.
Todas estas instalações e todo o programa nuclear israelita em geral são desconhecidos, uma vez que o Estado hebraico não admite sequer a sua existência – mas o Irão tem dito recentemente que conhece não apenas as instalações, como a extensão do projeto.
“As defesas de Teerão foram reativadas há poucos minutos para enfrentar os projéteis do regime sionista”, informou a agência de notícias oficial, a IRNA. A AFP relatou ter ouvido fortes explosões na capital iraniana e ter visto um brilho vermelho no céu.
Entretanto, Dmitry Gendelman, assessor do Gabinete do primeiro-ministro israelita, terá dito que Israel “confia, antes de tudonas em suas próprias forças e capacidades militares, tanto na defesa quanto no ataque”. Israel está preparado para qualquer cenário, incluindo uma guerra em larga escala com o Irão, disse Gendelman, à agência russa TASS em resposta a um pedido de comentário. “Israel está preparado para qualquer acontecimento”, disse Gendelman.
Entretanto, segundo as agências internacionais, uma nova vaga de mísseis iranianos acaba de chegar a Telavive e a Jerusalém. Será uma terceira vaga, que foi anunciada por Teerão, mas que, segundo os analistas, demorou muito tempo a chegar a Israel. A ideia dos analistas é que a capacidade de ataque e resposta do Irão está a níveis inferiores àqueles que eram de esperar.
O ‘Iran International’, referindo-se à situação delicada do Iraque no meio da crise, disse que as condições no Iraque são diferentes das de outros países árabes da região. Bagdad encontra-se no meio de uma batalha; qualquer conflito entre Irão e Israel, se se estender ao território iraquiano, poderá ameaçar gravemente a segurança nacional do país e aprofundar a divisão política interna.”
A fonte citada pelo jornal acrescentou: “embora o governo iraquiano tenha reclamado ao Conselho de Segurança e expressado preocupação sobre o uso do seu espaço aéreo por Israel para atacar o Irão, está simultaneamente a enfrentar intensa pressão de Washington para exigir que o governo controle grupos filiados à República Islâmica.”
Muqtada al-Sadr, líder do movimento xiita iraquiano, pediu aos grupos armados próximos da República Islâmica que permanecessem em silêncio e não arrastassem o país para o conflito. E acrescentou: “o governo conseguiu manter a calma até agora, mas os acontecimentos em campo, incluindo a explosão perto do aeroporto de Bagdad e a implantação de defesas aéreas em redor das bases norte-americanas, mostram que o Iraque está no fio da navalha.
Do seu lado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, discutiram a escalada da crise no Oriente Médio em telefonema. Referindo-se ao conflito militar entre Israel e a República Islâmica, a presidente da Comissão Europeia pediu a todas as partes que demonstrassem o máximo de contenção e trabalhassem para reduzir as tensões.
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