O exército israelita realizou um ataque aéreo contra o Ministério da Defesa e a sede do Estado-Maior do Governo de Transição sírio em Damasco, no âmbito de uma escalada militar em curso, tendo como pano de fundo os acontecimentos na província meridional de Sweida. Citado pelas agências internacionais, o porta-voz das forças de defesa de Israel (IDF) afirmou que “o exército israelita acaba de lançar um ataque à entrada do complexo do Estado-Maior do regime sírio em Damasco”, no contexto dos “desenvolvimentos relacionados com as ações contra os cidadãos drusos na Síria”.
Em conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, acusou o regime de Ahmed al-Sharaa de praticar atos hostis contra as minorias, referindo-se aos drusos, afirmando que se trata de um regime não eleito que tomou o poder pela força das armas. Este é o mesmo regime que a comunidade internacional tem vindo, depois de um primeiro momento de incerteza, a apoiar como alternativa credível ao deposto governo de décadas da família al-Assad. Ou seja, Israel não tem qualquer mandato internacional – ou qualquer coisa de semelhante – para se opor ao regime sírio ou promover o seu afastamento.
Saar questionou até quando é que o mundo vai continuar a assistir ao que se passa na Síria, acrescentando que “os interesses de Israel neste país são bem conhecidos: manter a situação como está e garantir que o sul da Síria não representa uma ameaça para o Estado judaico”. O exército israelita anunciou o reforço das suas forças na fronteira com a Síria, explicando que a medida surge após uma avaliação de segurança da situação no sul do país.
O porta-voz do exército, Avichai Adrai, declarou, citado pelas mesmas fontes, que “com base numa avaliação da situação, foi decidido reforçar o número de forças na zona da vedação de segurança na fronteira com a Síria”, sublinhando que o exército “não permitirá a existência de uma ameaça militar no sul do país”.
Entretanto, dezenas de membros da comunidade drusa de Majdal Shams atravessaram a vedação nos montes Golã em direção ao território sírio. Na província de Sweida, a Força Aérea israelita lançou ataques aéreos contra posições pertencentes ao governo de transição sírio, coincidindo com o recrudescimento dos confrontos na cidade.
O ministro da Defesa israelita, Yisrael Katz, enviou uma mensagem direta a Damasco, apelando à “retirada das forças sírias de Sweida e a que deixem os drusos em paz”. “O regime sírio deve retirar-se e deixar em paz a comunidade drusa de Sweida”, disse Katz, sublinhando que Israel “não abandonará os drusos na Síria” e “aplicará a política de desarmamento que foi aprovada”.
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