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IVA zero. “Se preços vão subir nos próximos 15 dias? Não faz sentido pensar assim”, garante distribuição

Em entrevista à “RTP” e questionado sobre a possibilidade dos consumidores não verem refletida a suspensão do IVA nos produtos alimentares definidos neste acordo, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da associação que engloba as empresas de distribuição, negou por completo essa ideia.
Secretário-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier
28 Março 2023, 10h32

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), através do diretor-geral, Gonçalo Lobo Xavier, considera que não faz sentido a ideia de que os preços possam vir a subir nos próximos quinze dias para compensar a suspensão do IVA em 44 bens alimentares definidos no acordo estabelecido esta segunda-feira entre Governo, distribuição e produtores.

Em entrevista à “RTP” esta terça-feira, e questionado sobre a possibilidade dos consumidores não verem refletida a suspensão do IVA nos produtos alimentares definidos neste acordo, Gonçalo Lobo Xavier negou por completo essa ideia: “Não faz sentido pensar que o preço vai subir tanto até lá que a descida no IVA não vai refletir-se nas contas dos portugueses. São empresas sérias que são auditadas e escrutinadas”, referiu.

Para o líder da APED, que garante o cumprimento “integral” da legislação, “este pacto é um sinal muito importante que todos os interlocutores da cadeia de distribuição estão a dar, num esforço para combater a inflação”.

“Há uma coisa que lhe posso garantir: vamos ter 15 dias para implementar o diploma após a data de aprovação do diploma. Que o IVA vai descer de 6% para zero nestes produtos isso não há qualquer dúvida. Na véspera da medida entrar em vigor há um preço, no dia a seguir o preço será reduzido 6%”, destacou.

A Deco alertou esta terça-feira que será necessário um acompanhamento dos preços até à entrada em vigor da suspensão do IVA em 44 produtos alimentares para que se perceba se de facto esta medida vai repercutir-se na conta final.

Em declarações à “SIC Notícias”, Rita Rodrigues, responsável por relações institucionais da Deco, colocou especial ênfase neste período de 15 dias e no acompanhamento referente à evolução dos preços destes 44 bens alimentares.

“É preciso monitorizar os preços, e vamos continuar a fazê-lo como fazemos sempre, mas colocar especial foco no acompanhamento dos preços até à entrada em vigor da medida para depois perceber se o IVA está a ser reduzido ou não”, referiu esta responsável.

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