Os empresários do sector terciário querem que o Governo isente as empresas que apresentem prejuízos nos seus negócios devido ao impacto da pandemia, ou, pelo menos, que reduza em 50% a taxa de valor acrescentado até ao final de 2021, no âmbito do IVAucher. Os empresários do sector consideram que a medida não vai ter qual quer impacto nos negócios do sector terciário, segundo um inquérito da plataforma de contratação de serviços locais Fixando.
De acordo com o inquérito, realizado junto de 5.600 prestadores de serviços inscritos na plataforma, entre os dias 31 de maio e 3 de junho, 58% dos negócios não são elegíveis pelo programa IVAucher. A descrença dos empresários é tal, que 26% estão convencidos que serão encerrados negócios “próximos três meses, caso a conjuntura económica atual se mantenha”.
A Fixando adianta, ainda, que mesmo que o IVAucher abrangesse todos os negócios do sector terciário isso não iria reverter o cenário antecipado pelos empresários, que acreditam que os prejuízos registados no último ano e ainda em 2021 não serão compensados com o programa IVAucher.
Em comunicado, a Fixando sublinha o estado de espírito dos empresários. “O IVAucher é mais uma ilusão. Basta que só ocorra nos dias da semana em que a grande maioria não pode ir almoçar ou jantar fora”, descreve um inquirido.
Outro profissional do sector terciário acredita que o “IVA deveria estar ajustado a cada setor de forma justa e aceitável, não de forma que sejam pagas taxas sobre taxas e quando se chega ao consumidor final o preço fica incomportável para poder consumir mais e ainda o prestador poder ter margem de lucro”. Já outro inquirido, lembrando que o IVA terá “que ser pago pelas empresas mais tarde”, salienta que o programa do Governo referente ao IVA “é somente mais uma maneira de controlar os gastos dos portugueses e das empresas, pois é necessário recorrer ao Multibanco, tendo acesso a todas as transações”.
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