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Já existe cerca de um milhão de investidores em ETF em Portugal

Estudo da BlackRock revela que Portugal está entre os países europeus onde a aquisição de ETF mais cresceu nos últimos anos.
14 Novembro 2025, 08h48

A terceira edição do estudo People & Money da BlackRock, realizado com a YouGov em 2025, revela que os ETF (exchange-traded funds) continuam a crescer e já existem cerca de um milhão de investidores em Portugal, quase o dobro face a 2022, e a BlackRock prevê 340 mil novos investidores no próximo ano.

Houve um aumento de 97% desde 2022, representando agora os investidores nacionais em ETF cerca de 3% da Europa.

Em Portugal, cerca de 11% dos adultos tem ETF e, de acordo com a BlackRock, um em cada três investidores portugueses tem este ativo. Portugal aparece no topo da tabela entre os países com maior aquisição de ETF, ultrapassado apenas pela Alemanha, Áustria e Suíça, onde 55%, 37% e 35% dos investidores, respetivamente, detêm ETF.

Sobre as razões para a escolha de ETF, mais de metade aponta para esta ser uma forma simples de começar a investir, sendo que mais de um terço aponta como motivo a possibilidade de investir pequenas quantias regularmente e 30% afirmam que gostam de ter exposição a tendências ou setores específicos.

Entre os inquiridos, a faixa etária dos 25 aos 34 apresenta-se como a mais provável de ter começado a investir por, após aprender sobre o assunto, perceber que não era tão complexo quanto julgava.

“A nossa investigação mostra que os ETFs estão a abrir as portas a milhões de novos investidores, mesmo àqueles que começam com apenas alguns euros. Com mais pessoas a optar por planos de poupança em ETFs devido à sua simplicidade e flexibilidade, nunca foi tão fácil dar o primeiro passo rumo à segurança financeira a longo prazo”. diz André Themudo, Head of Portugal’s Business for BlackRock.

Os ETF registaram um aumento em popularidade, com uma taxa de crescimento anualizada de 19% desde 2022, e são o terceiro veículo de investimento mais detido na Europa.

Existem agora 32,8 milhões de investidores em ETF em toda a Europa, ou seja, um aumento de mais de 13 milhões desde o lançamento da investigação BlackRock People & Money em 2022.

Os principais resultados da nova edição do People & Money Report 2025 da BlackRock, revelam uma mudança clara no comportamento financeiro dos portugueses.

Sobre o nível de conhecimento dos investidores, o estudo diz que por um lado, um em cada três (33%) investe em ETF, por outro lado, outro terço dos adultos portugueses nunca ouviu falar destes fundos. Os restantes afirmam ter, pelo menos, um conhecimento básico.

Entre as conclusões do está também que 50% dos investidores em Portugal começaram a investir ao perceber que podiam fazer crescer o seu dinheiro mais do que com poupanças em numerário; e a geração millennial está a ganhar confiança ao descobrir que investir não é tão complexo como imaginava.

A BlackRock diz que que 890 mil pessoas em Portugal afirmam ser muito provável que invistam em ETF nos próximos 12 meses. Destas, estima que 340 mil sejam novas no mercado de ETF, o que representa um aumento de 35% em comparação com os níveis atuais. Dentro do grupo de atuais não investidores em ETF, cerca de dois terços (66%) têm menos de 44 anos, o que a gestora considera que reforça uma mudança geracional em curso.

O investimento em ETF não cresceu apenas a nível nacional. O número de pessoas a investir nestes ativos subiu de 19,3 milhões em 2022 (primeira edição do estudo) para 32,8 milhões em 2025, o que equivale a um aumento de 69%.

“Os ETF estão rapidamente a tornar-se o produto de investimento preferido das gerações mais jovens. A sua simplicidade, baixo custo e facilidade de acesso tornam-nos ideais para investidores iniciantes, especialmente aqueles motivados por ver outros a aumentar a sua riqueza e que não querem perder essa oportunidade”, diz Timo Toenges, diretor de Património Digital da BlackRock para a EMEA.

A BlackRock’s People & Money Study analisou os comportamentos financeiros de mais de 40 mil pessoas em 15 países europeus. Em Portugal, foram inquiridas 2.036 pessoas.

 

 


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