Já há quatro empresas em Portugal a proceder ao cultivo de canábis para fins medicinais. A Sabores Púrpura, Tilray, Terra Verde e RPK Biopharma são as quatro fábricas que apostaram nos terrenos portugueses e que obteram autorização por parte do Infarmed para cultivar a planta, avança o Jornal de Notícias esta segunda-feira, 8 de abril.
As produções situam-se, sobretudo, no sul do país, tendo obtido a devida autorização por parte do Infarmed. A produção destina-se maioritariamente ao mercado europeu, sendo que Portugal vai ter também a primeira fábrica para o efeito na União Europeia, no Parque Tecnológico de Cantanhede, estando uma segunda prevista para o ano seguinte.
Apesar da lei da canábis medicinal ter entrado em vigor há dois meses, não foi feito ainda nenhum pedido para a comercialização de medicamentos contendo esta planta. Para o fazer, as entidades terão de submeter ao Infarmed uma autorização de colocação no mercado, através de um formulário.
A primeira a obter esta autorização foi a Sabores Púrpura que tem duas plantações em Tavira. Atualmente, a empresa soma encomendas vindas de 28 países.
A Tilray vai inaugurar a sua primeira fábrica de produção este mês, e a primeira da União Europeia, em Cantanhede. A unidade tem uma extensão de mais de 70 mil metros quadrados e implica um investimento de cerca de 20 milhões de euros. Segundo os investidores, a abertura desta empresa vai abrir 200 postos de trabalho.
Em Sintra, a fábrica da RPK Biopharma foi a última a obter uma autorização por parte da entidade de saúde portuguesa para a produção de canábis para fins medicinais. É subsidiária do grupo internacional Holigen e planeia abrir uma segunda fábrica em Aljustrel.
A fábrica da Terra Verde, com sede em Setúbal, foi fundada por um empresário israelita radicado em Portugal que obteve a autorização para plantar em 2014. Entretanto, o fundador do PSD, ex ministro da Administração Interna, Ângelo Correia adquiriu 40% da Terra Verde, a primeira empresa a obter licença de produção de canábis em Portugal.
Esclerose múltipla, náuseas e vómitos causados por quimioterapia, estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com sida, dor crónica associada a doenças oncológicas, síndrome de Gilles de la Tourette ou glaucoma são algumas das doenças que podem ser tratadas com base na planta.
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