A Região Autónoma da Madeira vota este domingo, 23 de março, para eleger um novo Parlamento e um novo Executivo. As urnas das legislativas regionais antecipadas abriram hoje às 08h00, encerrando às 19h00.
As eleições de hoje ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O número de inscritos “habilitados para votar” no sufrágio é de 255.380, mais 858 cidadãos do que em maio de 2024, nas legislativas também antecipadas, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna citados pela agência de notícias Lusa. Destes 249.840 votam na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.
Nas eleições de maio de 2024, registou-se uma abstenção de 46,60%.
O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.
As eleições de 23 de março acontecem 10 meses após as últimas eleições antecipadas. Na corrida pelos 47 lugares no Parlamento Regional estão 14 candidaturas num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
Em maio, o PSD elegeu 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.
Em função dos resultados de hoje (que têm de ser publicados), o representante da República, Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo, após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Desde 1976 as primeiras eleições livres, a Madeira só conheceu três presidentes de governos regionais: Jaime Ornelas Camacho, de 1976 a 1978, que foi substituído por Alberto João Jardim a meio do mandato, que durante os 37 anos seguintes governou sempre com maiorias absolutas. Miguel Albuquerque sucedeu-lhe na presidência do PSD da Madeira, tendo sido eleito a 29 de dezembro de 2014. No ano seguinte, Miguel Albuquerque vai a votos, mantendo a maioria absoluta. Foi a última. Desde então, o PSD teve sempre de fazer acordos para garantir a maioria de 24 deputados.
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